Fecosul realiza seminário e aponta prioridades de lutas e ações
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do RS (Fecosul) realizou seminário de planejamento para atuação deste ano e dos próximos. O encontro que reuniu cerca de 40 dirigentes da Federação e dos sindicatos filiados aconteceu
Publicado 06/03/2007 16:57 | Editado 04/03/2020 17:12
Entre os diversos problemas dos comerciários levantados no seminário, quatro questões foram priorizadas para serem enfrentadas constantemente pela Fecosul e sindicatos. São elas: trabalho aos domingos e feriados, excessiva jornada de trabalho, arrocho salarial e a atuação do Ministério do Trabalho. Também foram discutidas as maneiras como estes problemas serão enfrentados junto a categoria.
O seminário foi aberto na terça-feira pela manhã com a presença do deputado estadual Raul Carrion (PCdoB) que falou da situação política e econômica internacional, da América Latina, do Brasil e do Estado. Na questão mundial, Carrion descreveu o enfrentamento das nações aos Estados Unidos, destacando a organização da América Latina. Quanto a condição nacional o deputado destacou o projeto voltado para o desenvolvimento e para a soberania do país. “Mas a política econômica de juros altos, que faz com que o dinheiro se volte para a aplicação financeira e não é investido no desenvolvimento da produção, ainda é uma sobra no governo”, critica Carrion. Já para o Rio Grande do Sul, o deputado comunista, avalia que é necessário o desenvolvimento com inovação. “É preciso impedir o retrocesso e fazer um projeto de desenvolvimento acoplado ao projeto nacional”, sugeriu.
Também participou da mesa de abertura do seminário o representante da CUT/RS, Pedro Pozenato, que falou da Crise do Movimento Sindical. Ele contextualizou historicamente as mudanças estruturais do sistema capitalista, a reestruturação produtiva e a ofensiva neoliberal contra os direitos dos trabalhadores. Pozenato também deixou claro que uma das grandes lutas atuais dos trabalhadores é pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da hora extra, “para assim aumentar o número de postos de trabalho e o tempo de lazer dos trabalhadores”, afirmou o sindicalista.
No final do terceiro dia o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, avaliou o seminário como importante para eleger as prioridades do próximo período e estabelecer as metas para as realizações, e destacou a participação dos dirigentes de todas as regiões do Estado. O coordenador do Dieese, Ricardo Franzói, elogiou a iniciativa da Federação e a participação dos dirigentes que foi fundamental para o levantamento de dados. Na avaliação final os dirigentes participantes consideraram positiva e importante a realização do seminário.
MárciaCarvalho
Assessoria da Fecosul