Eleições 2008: Soninha (PT) avalia a situação política de São Paulo

A partir da próxima segunda-feira (02/04), o Vermelho-SP publicará uma serie de reportagens sobre a situação política e eleitoral das principais cidades de São Paulo. Serão analisados o quadro sucessório, as chances de candidaturas maj

Vermelho-SP: Há informações que você está de mudança do PT para o PPS, com possibilidade de ser candidata à prefeita. Confere?


 


Soninha: Não há nenhuma negociação para ir para o PPS. O que sempre aconteceu  é que desde a crise do “Valerioduto” me dizem para sair do PT. Me dizem que sou a cara do PV ou que deveria ir para o PSOL, etc. O fato é que não houve nenhuma negociação ou conversa com o PPS.


 


Vermelho-SP: Há algum desconforto com a bancada do PT na Câmara?


 


Soninha: Na verdade esta questão da bancada tem problemas em qualquer partido. Sempre haverá pautas de votação que a oposição poderia se alinhar com o governo, mas que não acontece imediatamente pelo jogo político. Isso é normal aqui na Câmara dos Vereadores, como na Assembléia Legislativa ou no Congresso Nacional. É próprio das disputas políticas. Portanto, não é um problema do PT ou com o PT, é um vício da própria política.


 


Vermelho-SP: Como você avalia o governo Kassab?


 


Soninha: O que falta no governo Kassab é uma orientação clara de projeto para São Paulo. Faltam metas que se busca alcançar em qualquer administração, sobretudo em cidades tão complexas como São Paulo. É um governo desagregado. Quando o Serra era prefeito, mesmo com as características dele, centralizadoras, os secretários e membros do governo batiam cabeça. Agora a ascendência do Kassab sobre os seus secretários é limitada. O Kassab não tem o pulso, não tem a firmeza que um prefeito precisa ter.


 


Vermelho-SP: E a próxima eleição de 2008, como você vê o futuro político?


 


Soninha: Não sei se me candidato novamente para vereadora, vamos ver como o quadro político evolui. Acho que o PT não deveria ter apenas uma postulante ao cargo de prefeito (a). Eu acho, por exemplo, que o Zé Eduardo (Martins Cardozo, deputado federal – PT) deveria colocar seu nome para concorrer a prefeito, mesmo se a Marta sair candidata. Acho que podemos ter outras alternativas, o partido não pode ficar em função de um nome, mas de mais alternativas.


 


Vermelho-SP: E você não pensa em se candidatar à prefeita?



Soninha: Gostaria de poder apresentar meu nome se tivesse mais condições de agregar forças, grupos políticos que não entrassem na velha fórmula do toma-lá-dá-cá tradicional da política. Acho que temos bons nomes para disputar a eleição de 2008.


 


Rodrigo de Carvalho, pelo Vermelho-SP