SP tem dia de protestos contra contra Serra e Kassab
Cerca de quinhentas pessoas protestaram hoje em frente a sede da prefeitura municipal, no viaduto do Chá. O ato, organizado pelo diretório municipal do PT e por sua bancada na Câmara, contou a participação de dirigentes partidários do PCdoB, líderes co
Publicado 30/03/2007 19:51 | Editado 04/03/2020 17:19
O mote da manifestação foi o aniversário de um ano de Gilberto Kassab a frente do executivo paulistano, mas também lembrou o estelionato eleitoral praticado por José Serra, que abandonou o mandato de prefeito para concorrer ao governo e deixou em seu posto um político desconhecido de grande parte dos paulistanos.
A população também reivindicou a volta de projetos sociais aplicados pela gestão anterior e agora paralisados, além de melhorias no sistema de transporte público, saúde, educação infantil, saneamento básico e habitação.
A rejeição popular ao governo municipal chegou a níveis altíssimos: 42% dos entrevistados acham a gestão atual ruim ou péssima, segundo pesquisa do Datafolha.
Nivaldo Santana, que falou pelo PCdoB, cobrou a unidade dos movimentos populares e das forças políticas progressistas para dar um basta ao descalabro dos governos municipal e estadual. Também discursaram o deputado federal petista Carlos Zarattini, os depuatdos estaduais Simão Pedro, Adirano Diogo e Marcos Martins e os vereadores Paulo Fiorilo, João Antônio, Beto Custódio, dentre outros.
Professores estaduais contra José Serra
Assembléia da campanha salarial da Apeoesp reuniu cerca de 3 mil professores no vão livre do Masp esta tarde. As principais reivindicações dos professores são: reajuste salarial imediato, piso salarial de acordo com o Dieese (R$1562,25), incorporação das gratificações, inclusive para aposentados,estabilidade para todos os professores, sala de aula com 35 alunos no máximo e novo plano de carreira.
O governador José Serra não quer negociar com o funcionalismo e fez a proposta de reajustes diferenciados para os funcionários públicos estaduais, baseado em avaliação de desempenho, o que não foi aceito pelos sindicatos de servidores nem pela CUT.
Para Francisca Pereira, secretária de políticas sociais da Apeoesp, “diante do resultado do Enem, o governo quer jogar a culpa nos professores”. “Os sucessivos governos tucanos destruíram a educação no estado, com a promoção automática, o número elevado de alunos por sala de aula e sem investir na formação contínua dos professores. Queremos o fim da promoção automática para discutir a progressão continuada”, diz a sindicalista, demonstrando que a Campanha Salarial deve também tratar da concepção da política educacional para São Paulo.
A Apeoesp marcou nova assembléia para 17 de abril, onde será discutida inclusive a possibilidade de greve da categoria. Os professores seguiram para a Praça Ramos de azevedo, local onde encontrariam a população que foi protestar na prefeitura e fariam o ato de encerramento conjunto das manifestações.
Fernando Borgonovi, pelo Vermelho-SP