PCdoB RS condena hegemonismo do PT
O PCdoB lamentou a decisão do governo sobre a manutenção da direção do Grupo Hospitalar Conceição. Em nota a imprensa, o secretariado estadual considerou a decisão um desrespeito ao partido e a ex-deputada Jussara Cony, que historicamente tem jogado pa
Publicado 07/05/2007 12:09 | Editado 04/03/2020 17:12
A nota acentua a crítica quanto a postura de não valorização dos aliados que o Partido dos Trabalhadores reforça com a medida. Segundo o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, o episódio revela a continuidade de uma conduta hegemonista e exclusivista por parte do PT, que desconsidera os seus aliados históricos.
Jussara Cony, nos últimos meses, recebeu manifestações de apoio de amplos segmentos, dos movimentos sociais e setores políticos do estado, que gostariam de vê-la a frente do Grupo Hospitalar Conceição. “Jussara, além do compromisso político com o projeto, possui larga história de lutas vinculada ao setor da saúde”, observou Frasson.
O presidente do PCdoB também lamentou o fato de ter ficado sabendo da decisão pela imprensa. Segundo ele, faltou consideração ao partido. “Nosso compromisso sempre foi claro, de defesa do projeto nacional, pelo aprofundamento das mudanças no país, e por um projeto mais avançado no Rio Grande. Portanto nossa reivindicação não é por cargos, e sim por espaço para lutar pelos avanços que o povo precisa dentro deste projeto”, enfatizou.
Mesmo o PCdoB tendo sido aliado histórico do PT, e de fazer parte do núcleo de esquerda que contribuiu para a eleição de Lula, o partido não teve espaços nas estruturas do governo federal no estado no primeiro mandato. A decisão sobre a direção do GHC está sendo interpretada pelos comunistas como continuidade do hegemonismo petista neste segundo mandato.
Frasson concluiu dizendo que soa como desrespeito ao partido que, segundo ele, tem dado importantes contribuições para o avanço de um novo projeto para o país. “É imcompreensível que o partido que elegeu a deputada federal mais votada do estado, da base de sustentação do governo, não tenha espaço para contribuir nas ações do executivo no estado”.
De Porto Alegre
Clomar Porto