Procuradoria do Trabalho intermediará greve dos garis

Depois da decisão da Presidente do TRT de exigir que 55% dos garis voltem ao trabalho, a Procuradora do Trabalho, Hilda Barreto convocou uma audiência para tentar solucionar o impasse. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Maria da Penha, afirma qu

Para tentar solucionar o impasse entre a empresa e os empregados, a procuradora regional do Trabalho, Hilda Leopoldina Pinheiro Barreto, convocou uma audiência para hoje, às 14 horas, na sede da Procuradoria. ''Vou tentar superar o conflito havido entre as partes ou definir claramente a organização da atividade no período da greve, observando à decisão judicial'', afirmou Hilda Leopoldina.


 


O principal ponto de discórdia entre sindicato e empresa está na concessão do Prêmio de Lucros e Resultados (PLR). O Sindicato dos Empregados de Empresa de Asseio, Conservação e Limpeza Pública do Ceará defende o benefício para todos os garis e coletores (sem redutor). Já a Ecofor defende que haja critérios para conceder o benefício. Para a empresa, teriam direito ao prêmio os trabalhadores que tenham no máximo duas faltas com apresentação de atestado médico ou que sofreram acidente de trabalho. Na terceira falta, o trabalhador perderia o direito.


 


Prefeitura participa das negociações


 


 


A portas fechadas, grevistas, a Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-Ce), a Prefeitura de Fortaleza, a Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e a Agência Reguladora de Fortaleza (Arfor) acordaram que o poder municipal deve tentar fazer um processo de mediação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Ceará (Seaconce) e a Ecofor.


 


Com isso, afirma o assessor sindical da Prefeitura, Raimundo Ângelo, pretende-se chegar a um consenso entre as posições divergentes e restabelecer sem mais transtornos o serviço de coleta e varrição do lixo.


 


Por mais 30 ou 40 minutos, de acordo com Marta Brandão, titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-Ce), a reunião se prolongou. “A Prefeitura se comprometeu a intervir na tentativa de abrir as negociações com a Ecofor”.


 


O tesoureiro do Seaconce, Josenias Gomes Pereira, disse ter apontado, na reunião, cerca de 15 irregularidades cometidas pela Ecofor durante o processo de coleta e varrição do lixo em Fortaleza. “Há carro levando dois em vez de quatro funcionários por veículo”. Ainda conforme Josenias, a greve só deve acabar quando a Ecofor aceitar pelo menos três exigências da categoria: salário de R$ 400, 30% de participação nos lucros e resultados da empresa sem redutor (exigência) e vale-refeição de R$ 3,50.


 


Fonte: DN e O POVO