Paralisação do metrô de BH altera rotina dos usuários

  A paralisação dos metroviários provocou atrasos, nervosismo e fez com que o trajeto de casa até o trabalho ou a escola tirasse da cama mais cedo a grande maioria dos 143 mil usuários do metrô de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

 O fato de ocorrer somente após a categoria permanecer um dia inteiro em estado de advertência, somado ao reforço da frota de vária linha de ônibus por parte da BHTrans, porém, foram fatores que atenuaram os efeitos da falta do segundo principal meio de transporte na capital mineira.


 


            Pela manhã, o trânsito ficou lento nas avenidas Cristiano Machado, Pedro I e Antônio Carlos, principais vias que ligam a Região da Pampulha ao Centro. Nesses locais, o aumento do fluxo de veículos particulares e coletivos, resultante do aumento da demanda de transporte rodoviário por parte dos usuários dos trens urbanos, se somou às retenções que já vinham ocorrendo nos últimos meses, em decorrência das obras da Linha Verde.


 


            A greve do metrô, porém,  não chegou a surpreender a população, na medida que vinha sendo anunciada desde a última sexta-feira (18). Os pontos de ônibus amanheceram mais cheios, confirmando que os passageiros já saíram de casa prontos para buscar outros meios de locomoção.


 


Piso salarial x escala mínima


 


            De acordo com a liderança do Sindicato dos Empregados em Empresas Metroviárias de Minas Gerais (Sindmetro-MG), o aumento do atual piso salarial de R$ 573 para R$ 800, a criação de um plano de cargos e salários e o fim do desconto do plano de saúde em seus contracheques, são os itens principais da lista de reivindicações, que contém ainda outros 16 itens em discussão.


 


            A CBTU, por sua vez, acionou a Procuradoria do Trabalho do Ministério Público Estadual, solicitando uma audiência entre as parte. A principal preocupação era que a escala mínima e a legalidade da paralisação fossem acompanhadas pelo MP. No fim da tarde de ontem (22), os metroviários anteciparam que a greve seria por tempo limitado, o que inviabilizaria a convocação de uma assembléia da categoria para definir o percentual de escala mínimo. A CBTU, em contrapartida, informou que as negociações serão retomadas somente após o fim da paralisação.


 


Telma Gomes (com agências)


De Belo Horizonte