Neste dia 23, Fórum das Federações divulga projeto de desenvolvimento social
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecosul), juntamente com trabalhadores de outras categorias, federações e centrais sindicais, participou nesta quarta 23/05, da Jornada Nacional de Luta pelo Desenvolvimento c
Publicado 23/05/2007 19:42 | Editado 04/03/2020 17:12
Além disto os trabalhadores gaúchos também protestaram contra o baixo índice de reajuste do piso regional apresentado pelo governo estadual. Os trabalhadores defendem um reajuste de 19,86%, o que levaria a menor faixa salarial do Estado de R$ 405,95 para R$ 486,57. Isso permitiria a equiparação do piso salarial ao que valia em 2001, quando foi criado. Na época, era 28% superior ao salário mínimo nacional. Hoje, essa diferença é de 16%. A proposta do governo é uma correção de 3,3%.
No Rio Grande do Sul, o Fórum das Federações e as centrais sindicais defendem a construção de um projeto de desenvolvimento social urbano e rural que seja economicamente e ambientalmente sustentável. Os trabalhadores de várias categorias querem respeito à diversidade social, política, cultural e a soberania nacional como pressuposto para garantir a distribuição de renda, o pleno emprego, a valorização do trabalho e o fim do latifúndio. Desenvolvimento voltado ao benefício do bem estar social de toda a população.
Para isso, as Federações e centrais gaúchas, incorporaram a questão do piso regional na jornada de luta e apresentaram uma proposta ao governo do estado que inclui as seguintes reivindicações: recuperação do poder de compra dos salários com aumento geral de 20% para todas as categorias; valorização do salário mínimo; uma política permanente de valorização do piso regional (com reajuste de 19,86% para este ano); geração de empregos de qualidade e combate ao trabalho informal e a precarização do trabalho; redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; livre acesso dos sindicatos aos locais de trabalho durante as ações de fiscalização; garantia de direito de greve e negociação coletiva ao setor público; combate a punição de práticas anti-sindicais; democratização do mundo do trabalho e organização dos trabalhadores por local de trabalho.
Com estas medidas os trabalhadores acreditam que será possível mudar a atual realidade e avançar rumo à integração entre crescimento e desenvolvimento com manutenção e avanço nos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.
Apesar da chuva e do frio, pela manhã, que atrapalhou a mobilização, houve protestos em Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz, Lajeado, Santa Maria, Santa Rosa, Ijuí, Passo Fundo, Erechim e Palmeira das Missões.
De Porto Alegre
Márcia Carvalho