Passe livre estudantil é para todos
A comissão que estuda as condições de aprovação do projeto do Passe Livre Estudantil, de autoria do vereador Marcelo Ramos (PCdoB/AM), se pronunciou ontem (22/05) favorável a não restrição da gratuida
Publicado 23/05/2007 19:43 | Editado 04/03/2020 16:13
“Minha posição é bem clara, a de que o estudante deve optar entre 120 meias-passagens ou 50 Passes Livres. Depois de aprovada, a lei vai ser regulamentada, mas estamos em contato direto com a classe estudantil e o projeto inclui toda a rede pública de ensino”, informou Marcelo Ramos acrescentando que o movimento estudantil esteve em contato direto com a comissão, enviando até um representante para Curitiba para avaliar o sistema de transporte coletivo de lá.
De acordo com a comissão formada para avaliar o Passe Livre, o sistema de ônibus é muito diferente de Manaus. “Apenas os alunos que moram em uma distância superior a um quilômetro da escola onde estudam têm direito a pagar meia-passagem e mesmo assim a cota é de 50 meias-passagens. Eles também estão em processo de estudo sobre a implantação do Passe Livre, mas queremos que Manaus seja a segunda capital brasileira a criar este benefício”, disse o vereador.
Hoje, apenas o Rio de Janeiro tem o Passe Livre estudantil. “Os ganhos para a educação serão imensos. Muitos alunos deixam de freqüentar as aulas por não ter dinheiro para pegar o ônibus, porque mesmo a meia-passagem tem um custo no bolso dos pais”, explicou Marcelo Ramos.
As lideranças estudantis do Amazonas acreditam que o Passe Livre pode ser dado aos estudantes sem que haja prejuízos ao sistema. Para Rafael Nascimento, presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), a classe não deseja que o custo disso incida no preço da passagem. “É muito positivo que o debate esteja aberto e seria muito bom se pudéssemos garantir a gratuidade sem restrições. Mas não queremos prejudicar os pais, os trabalhadores, por isso acreditamos que conhecer o funcionamento do sistema de transporte é muito positivo”, afirmou Rafael que acompanhou a comissão na viagem à Curitiba.
IMTU
Tsuyoshi Miyamoto, presidente do Instituto Municipal de Transportes Urbanos (IMTU), afirmou que a prefeitura não é contra a gratuidade, desde que as passagens gratuitas não superem 16% do total de passageiros do sistema.
Segundo Miyamoto, a meia passagem atual representa um custo de R$ 6,4 milhões, o que equivale a 32% dos passageiros no sistema. ''Se, após os estudos, o número de passagens gratuitas chegar a 16%, o projeto será viabilizado'', garantiu. Mas Miyamoto advertiu que é preciso definir regras claras, com total controle dos matriculados através de sistema eletrônico de presença nas escolas.
De Manaus,
Alethéa Morel