Pesquisa da UERJ aponta violência doméstica na gravidez
Uma pesquisa realizada pela UERJ revelou que um grande número de gestantes convivem em silêncio com o medo e diferentes formas de agressão. O estudo apontou que cerca de 80% das entrevistadas sofreram agressão psicológica durante a gravidez. Outros 30%
Publicado 23/05/2007 20:00 | Editado 04/03/2020 17:06
A amostra foi feita com 526 mulheres que deram à luz em maternidades públicas do município do Rio. A incidência de violência doméstica durante a gravidez é maior do que a de eventuais problemas de saúde diagnosticados ao longo do acompanhamento pré-natal.
Estima-se que entre 1% e 20% das gestações envolvam agressões contra a mulher. Embora ocorra em todas as classes sociais, a grande maioria das vítimas deste tipo de violência é composta por mulheres jovens, solteiras ou separadas, com pouca escolaridade, envolvidas em relacionamentos nos quais o abuso de álcool e drogas ilícitas é comum.
De acordo com a realizadora da pesquisa, Cláudia Leite Moraes, algumas das conseqüências da violência doméstica durante a gestação são os quadros de insegurança e depressão das pacientes. “Elas começam o acompanhamento pré-natal mais tarde, o que pode aumentar as chances de complicações durante a gravidez, ocasionando abortos espontâneos, baixo peso dos recém-nascidos, partos prematuros e natimortos”, explica.
Com informações da UERJ