Campanha de vacinação contra febre aftosa termina nesta quinta-feira

A 1ª etapa de 2007 da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa no Amazonas termina amanhã, dia 31 (quinta-feira). As equipes do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam) e da Comissão

A meta da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), de acordo com o titular, Eron Bezerra, é consolidar a cobertura integral do rebanho amazonense – estimado em 1,6 milhões de cabeças – e tornar o Amazonas área livre de febre aftosa junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 


 


Até o momento, os municípios de Atalaia do Norte, Tapauá, Tabatinga, Uarini, Barcelos, Anamã e Novo Airão já finalizaram as ações da campanha. Em municípios com rebanhos de maior representatividade, como Boca do Acre, Parintins, Apuí e Guajará, os trabalhos de vacinação devem terminar somente amanhã. Segundo o gerente de desenvolvimento da cadeia produtiva animal do Idam, Sebastião Mendonça, a campanha está caminhando dentro do previsto.



 
A próxima obrigação do produtor é procurar o escritório do Idam em seu município para fazer a notificação de que seu gado foi vacinado. A não-imunização do rebanho deixa o pecuarista sujeito a sanções e multas previstas na Lei Estadual de Defesa Sanitária Animal. “Além de multa que chega a R$ 40 por cabeça de gado sem vacinação, os pecuaristas podem ter suas propriedades interditadas e a proibição da comercialização dos animais e seus subprodutos”, avisa Mendonça.  



 
O prazo para os pecuaristas declararem a vacinação do rebanho junto aos escritórios locais do Idam vai até o dia 15 de junho. Além dos recibos das vacinas adquiridas, eles deverão levar às unidades o formulário preenchido com as informações dos animais vacinados e as características das propriedades. Após a notificação da vacinação, os pecuaristas receberão o Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que certifica o trânsito e a procedência dos rebanhos animais no Estado.


 


Prejuízo bilionário


 


A preocupação com a erradicação da Febre Aftosa no Estado encontra na questão econômica sua principal fundamentação. Caso ocorra foco da doença em alguma parte do território brasileiro, todo o país fica impedido de comercializar e exportar carne, o que causaria prejuízos de aproximadamente R$ 12 bilhões. 



 
O último foco da doença no Amazonas foi registrado em agosto de 2004, no município de Careiro da Várzea. Na época, o governo estadual contava com equipe técnica reduzida e ofereceu cobertura vacinal apenas de 60%. Hoje, o governo conta com escritórios do Idam em todos os 62 municípios e possui cobertura vacinal consolidada superior à média nacional, entre 93% e 95%. Por esses motivos, as perspectivas de sucesso para a campanha são as melhores possíveis. 



 
“Nos últimos dois anos conseguimos índices de vacinação extremamente positivos, principalmente pela dedicação dos nossos profissionais do Idam e da Codesav e da conscientização crescente do produtor”, destaca Alexandre Henrique, diretor-presidente da Codesav. “É com esse espírito que vamos iniciar mais uma etapa de vacinação a fim de proteger o nosso rebanho e garantir produtos animais saudáveis e de qualidade à população”, concluiu.


 


De Manaus,
Mariane Cruz