Fórum Operário promove atos para pressionar patrões

Os sindicatos que compõem o Fórum Operário da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Ceará vem realizando uma série de atividades nas portas das fábricas com objetivo de pressionar os patrões por reajustes acima da inflação, participação nos lu

Para os sindicalistas, a principal dificuldade está em convencer as categorias a aceitarem um reajuste de 4% ou 5%. “Os trabalhadores estavam acostumados a reajustes sempre acima dos 10%, mas com a inflação controlada qualquer ponto percentual conquistado acima do INPC é um ganho econômico e pólítico enorme”, afirma um dos coordenadores do Fórum Operário, e Tesoureiro da CUT Ceará, Francisco Wil.


 


Para Wil, daí a importância de avançar sobre as cláusulas sociais, já que economicamente um reajuste salarial acima da inflação não causa um impacto desejado na categoria. “Em nossa categoria, por exemplo, estamos lutando pelo aumento da PR (Participação nos Resultados) e os patrões tentam atrelar esse aumento a medidas absurdas”, explica.


 


No Sindicato dos Têxteis a situação não é diferente. Mesmo tendo entregue a minuta de reivindicação ainda no mês de abril, pouco se avançou. Em 2006, os trabalhadores da indústria têxtil tiveram de recorrer à greve para ter suas reivindicações atendidas.


 


Outro sindicato que compõe o Fórum Operário é o dos Sapateiros. Maio é a data-base de uma das principais indústrias do setor calçadista: a Vulcabrás. Para Paulo, diretor do Sindicato dos Sapateiros, mais do que um reajuste acima da inflação para a massa salarial, o que realmente importa é uma valorização dos pisos, tendo em vista que mais de 90% da categoria têm seu salário vinculado ao piso.


 


O Sindicato da Confecção Feminina de Horizonte – cidade da Região Metropolitana de Fortaleza – entregou a pauta de reivindicações para a empresa e até o momento sequer foi convocado para a primeira rodada de negociação.


 


Recentemente, as trabalhadoras tiveram de recorrer à greve para ter seus direitos atendidos pelos patrões.


 


Fonte: www.cut.org.br