Embaixada de Cuba seleciona estudantes na Amazônia para estudarem Medicina em Havana

Na segunda-feira da próxima semana, dia 18, a embaixada de Cuba no Brasil pretende divulgar os 30 indígenas e não-indígenas do Amazonas e Estados vizinhos aprovados na seleção para bolsas de estudo na Escol

O governo de Cuba oferece 400 vagas para todo o Brasil e esta é a primeira vez que uma quantidade considerável de vagas é disponibilizada para a Região Norte. Elas atendem a um pleito feito pela deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), atual presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba. “Pedimos as bolsas porque nossa região, além de concentrar a maior parte da população indígena do País, tem uma legião de jovens carentes”, destaca a deputada Vanessa.


 


O governo de Cuba exige dos candidatos curso médio completo, que tenha incluído na grade curricular biologia, física e química, indispensáveis aos candidatos a médico e ter no máximo 25 anos. Não é preciso saber falar espanhol. Os aprovados, além de todo o apoio para viverem em Cuba enquanto estudam na Escola Latino-Americana de Medicina (Eslam), ganham curso de seis meses para aprender o idioma.


 


As vagas são para indígenas e não-indígenas, sendo que das 30 destinadas à região, 20 bolsas a princípio são para indígenas. A pré-seleção desses ficou a cargo da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), onde foram realizadas as provas e entrevistas nesta segunda-feira (dia 11). Os aproximadamente 50 candidatos que participam da seleção são, além do Amazonas, dos Estados do Acre, Rondônia, Pará e Roraima.


 


A conselheira da embaixada de Cuba no Brasil, a psicóloga Maria Antônia Ramos, explica que a lista de aprovados sai após a análise documental dos candidatos. Feito isto, o governo de Cuba é informado sobre os aprovados para que a ida do grupo seja organizada. “Ainda não temos uma data, mas acreditamos que os aprovados possam ir para Cuba no início do segundo semestre”, informa Maria Antônia. 


 


De Manaus,
Hudson Braga