Metroviários em campanha salarial podem entrar em greve a partir da meia noite
Empresa e governo do Estado continuam negando as reivindicações da categoria e, para piorar, propuseram a redução do índice de reajuste. Para garantir seus direitos, os metroviários reunidos em assembléia neste momento poderão deflagrar greve a partir
Publicado 13/06/2007 19:52 | Editado 04/03/2020 17:19
Em correspondência enviada ao Sindicato na tarde desta quarta-feira, 13/6, o Metrô e governo do Estado propuseram a redução do índice de reajuste de 3,59% para 3,37%, incidindo sobre os benefícios da categoria. A proposta anterior (3,59%) não contemplava a atualização dos benefícios.
Quanto às demais reivindicações da categoria, como contratação de novos funcionários, aumento real e equiparação de salários e jornadas de trabalho para funções iguais, não houve avanço.
Diante desta postura da Cia. e governo estadual, a categoria poderá aprovar a realização de greve a partir da meia noite.
A data base dos metroviários é 1º de maio.
Principais reivindicações dos metroviários
Reajuste salarial de 3,09% (ICV/Dieese).
Aumento real a título de produtividade de 9,98%.
Salário igual para funções iguais.
36 horas para o quadro operativo.
Aumento do quadro de funcionários através de concurso externo.
Concurso interno.
Reintegração dos diretores demitidos.
Acidente da Linha 4 – Amarela completa cinco meses
Nesta terça-feira, 12/6, completa cinco meses um dos maiores acidentes de engenharia do Brasil e o mais grave da história de 38 anos de existência da Cia. do Metrô.
Quando abriu a cratera da estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela o governador Serra prometeu uma investigação rápida, transparente e com responsabilização dos culpados.
No entanto, cinco meses depois, o que há é uma imensa letargia, total falta de informação e nenhuma ação satisfatória no caminho das apurações do fato. Ao mesmo tempo, contabilizamos sete mortos, dezenas de pessoas que continuam fora de suas casas por falta de segurança e nenhum culpado.
Em contrapartida, o governo Serra enterrará mais US$450 milhões do empréstimo que será contraído no exterior, para entregar a Linha 4 – Amarela à ganância da iniciativa privada.
Ação do Sindicato
O Sindicato dos Metroviários de SP, na defesa do interesse da população, do patrimônio estatal e contra a malversação do dinheiro público, protocolou nova representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo denunciando as irregularidades na construção da obra (que consumirá mais de US$ 1.400 bilhões dos cofres públicos), bem como as ilegalidades da contratação do consórcio que pretende operar a Linha 4 – Amarela, nos próximos 30 anos.
Aqui é importante ressaltar que algumas das empresas que compõem este consórcio também são ‘responsáveis” pela construção da Linha 4. Fica a dúvida então: será que a mesma suposta economia que está sendo feita na obra da Linha 4 também será aplicada em sua operação?
É para garantir o direito ao transporte seguro e de qualidade a todos os cidadãos que o Sindicato dos Metroviários de SP continuará tentando barrar o processo de privatização e terceirização do Metrô.
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo