Operários denunciam arbitrariedades

Representantes do Fórum Operário da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Ceará (CUT Ceará) estiveram no último dia 13 de julho, em frente ao Fórum Trabalhista Autran Nunes para denunciar as arbitrariedades que vem sendo cometidas contra a organiza

Recentemente, através de um instrumento chamado interdito proibitório, a Justiça do Trabalho impediu a entrada dos sindicalistas em fábricas têxteis, mesmo a categoria estando em plena Campanha Salarial. O mesmo mecanismo foi utilizado contra o Sindicato dos Vigilantes durante a greve da categoria. “Dizer que um sindicalista não pode impedir a entrada de um trabalhador em seu local de trabalho é uma coisa, mas impedir que o sindicalista mantenha uma distância de 50m ou 100m da empresa é um abuso”, comentou o presidente da CUT Ceará, Francisco Jerônimo do Nascimento.


 


Os sindicalistas aproveitaram a oportunidade para denunciar a lentidão da Justiça em processos movidos pelos trabalhadores. Ao longo dos últimos anos, diversos sindicalistas foram demitidos por suas empresas e o processo ainda está na Justiça. No entanto, alguns juízes mostram uma agilidade incomum para julgar uma greve ilegal, conceder liminares impedindo os trabalhadores de fazer greves, ou utilizar o interdito proibitório para não permitir a entrada dos sindicalistas nos locais de suas bases.


 


Para o Fórum Operário, a Justiça do Trabalho é hoje procurada apenas pelo desempregado, pois se algum trabalhador for procurar a Justiça reivindicando seus direitos, fatalmente será demitido. “No Brasil, os trabalhadores recorrem à Justiça para que seus direitos sejam cumpridos, em outros países a reivindicação é por direitos que sequer existem”, denunciou Geraldo Cunha, presidente do Sindicato dos Vigilantes


 


Fonte: CUT/Ce