Jornalistas são agredidos durante posse do suplente de Roriz

Final de legislatura, o Congresso Nacional vive uma aparente calma. Recesso é a palavra de ordem. Destoando desse clima, um grupo de profissionais estão agitados: os jornalistas.


Por todos os cantos a pergunta era a mesma: “será que o suplente

O próprio Vice-presidente do senado, senador Tião Viana (PT-AC) não confirmou. “Até o momento não fomos comunicados de nada”. Nesta vastidão de incerteza, não era raro ver jornalistas combinando e se revezando nas entradas do Senado para esperar a entrada do Gim. “Caso ele entre pela entrada principal, você me liga e eu vou correndo com a equipe.” Para grande mídia, esse não era o problema. As grandes televisões chegaram a mandar três equipes para cobrir a tão esperada posse do suplente.


 


Próximo às 17h começou uma grande correria, cinegrafistas e repórteres, todos  em busca de um só objetivo. Um repórter grita: “é o Gim?”. Logo em seguida uma pessoa atrás fala: ele está entrando no plenário para tomar posse. Todos se veêm desesperados. Nesta sequência, outra questão surge entre os profissionais da imprensa: “Por onde será que ele vai sair?”


 


Nos telões do Senado pessoas se aglomeravam para ver o momento que o Argello toma posse. Muitos não entendiam aquele aglomerado de pessoas esperando uma informação. Do nada, outra correria, esse era o sinal. Gim estava saindo pelo elevador privativo. Ao chegar ao local, um cerco de seguranças.  Os seguranças do Senado estão isolando o local para que o senador passe. Entretanto, eram seguranças do atual senador, o Gim Argello. Todos estão muito indignados com situação.
Em pouco tempo, os seguranças do Senado chegam e aí começam as agressões. Os seguranças particulares resistiram em desfazer a corda de proteção do senador.


 


A troca não foi suficiente para evitar mais agressões. Um cinegrafista grita “Se preparem, a confusão será grande.” A cada vez que o elevador abria, os bastões de luzes eram acessos, gravadores ligados e todos se preparavam. Duas vezes aconteceu e nada. Os jornalistas já estavam impacientes. Na terceira vez, não deu outra.  Era ele. Logo iniciou uma série de empurrões e cutuveladas. Todos seguiam fazendo perguntas e nem os socos desferidos pelos seguranças impediam os questionamentos. O senador entrou no carro e não deu nenhuma declaração. A última coisa que ouviu de um repórter foi: “O senhor pode nos agredir, mas logo sua pose irá acabar!”



 


Alberto Marques
De Brasília