Água, sinônimo de qualidade de vida
Por: Francisco Parente de Carvalho
A água é um bem público, cujo acesso é um direito básico do ser humano, constituindo um dos elementos primordiais na formulação de políticas públicas brasileira de promover o crescimento, a justiça social e
Publicado 02/08/2007 10:53 | Editado 04/03/2020 16:37
O Brasil concentra uma das maiores reservas de água doce do mundo (12%), que, aliada à sua biodiversidade, representa um importante patrimônio nacional do País. Entretanto, a má distribuição espacial e temporal da água têm representado enorme desafio para milhões de brasileiros, especialmente para aqueles que vivem no Nordeste Setentrional brasileiro, impondo enormes restrições à população mais pobre, e que no futuro próximo será um problema de grande magnitude para toda a população, independente da classe social.
Neste contexto, atualmente, o Estado do Ceará, apresenta uma disponibilidade hídrica social de 442,85m3/hab/ano, situando-se em uma situação crítica, de escassez hídrica, em relação ao que foi estabelecido pela ONU, cujo limite mínimo é de 1000m3/hab/ano.
Aqui surge a pergunta: Como solucionar a escassez hídrica? Existem várias alternativas, porém, a mais comum e menos dispendiosa, é a importação de água por meio da transferência entre bacias hidrográficas, existindo casos em diversos países e em alguns estados brasileiros, entre os quais, se destacam o Ceará, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, que se apresentou como alternativa viável para atender às crescentes demandas hídricas, e melhorando os indicadores sociais, ambientais e econômicos, nas regiões atendidas por esta alternativa de planejamento e gestão dos recursos hídricos.
E o Projeto de Integração da Bacia do Rio São Francisco às Bacias do Nordeste Setentrional, é de uma necessidade fundamental para a região, por esta razão a sociedade civil organizada do Nordeste Setentrional brasileiro, deve ter consciência de que ocorre uma discriminação a nível nacional e regional, diante de projetos que promovam a redução da pobreza e da miséria, inclusão social, preservação do patrimônio nacional e crescimento econômico sustentável da região, mantendo-a com o Índice de Desenvolvimento Humano abaixo de 0,500, o que deve favorecer a várias instituições e a determinados grupos.
Francisco Parente de Carvalho é Engenheiro Agrônomo e Hidrólogo