Sem categoria

Crescimento econômico pode melhorar inclusão de jovens

O economista e  e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Márcio Pochmann, afirmou hoje (13), em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional AM, que se for mantida a expectativa de crescimento da

“Se o país cresce, nós temos condições de empregar a todos. À medida que nós tenhamos um crescimento econômico sustentável acima de 5% ao ano, teremos melhores condições para reverter os problemas que ainda marcam o mercado de trabalho brasileiro”.



Segundo Pochmann, os jovens são os que mais sofrem com o desemprego. “Eles têm mais dificuldades, justamente, porque o mercado não gera 3,2 milhões de postos de trabalho por ano – o número estimado de jovens que ingressam normalmente [no mercado]. Não há condições de incorporá-los plenamente”.



Pochmann destacou que essa situação se agrava se forem levados em consideração os adultos desempregados, pessoas com mais escolaridade. “Os postos de trabalhos para os jovens acabam sendo objeto de competição para pessoas que têm mais idade”.



O especialista acredita que as melhores formas de superar o desemprego são a qualificação e a educação. “A receita da qualificação prevalece. Não há dúvida de que a dificuldade das pessoas de conseguir emprego é maior para aquelas com menor capacidade de compreensão do conteúdo do trabalho. Educação é algo importante”.



Pochmann assume amanhã (14) a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O professor já foi secretário de Trabalho da Prefeitura de São Paulo, durante a prefeitura de Marta Suplicy, atual ministra do Turismo.



Para ele, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que já completou 40 anos, é uma instituição fundamental para o redesenho do planejamento e do próprio desenvolvimento nacional.



“A instituição deve servir justamente para aqueles que tomam decisões nesse país, oferecendo melhores condições para o debate em toda sociedade a respeito dos caminhos que o Brasil deve trilhar”.