Audiência pública debate causas e efeitos da desertificação
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA) realiza, na próxima terça-feira (28), audiência pública para tratar sobre os fatores que contribuem para a desertificação e as medidas necessárias para combatê-la
Publicado 23/08/2007 14:39 | Editado 04/03/2020 16:37
Rocha Magalhães é considerado uma das maiores autoridades brasileiras no tema da desertificação. O Brasil formalizou a candidatura de Rocha Magalhães ao cargo de Secretário Executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – UNCCD, organismo da ONU criado especialmente para cuidar da questão da desertificação no mundo.
A próxima reunião da UNCCD acontece no dia 08 de setembro, em Madri, na Espanha. O Senador Inácio Arruda participará da convenção na qualidade de representante do Senado brasileiro. Parlamentares de todo o mundo trocam suas experiências no tocante às políticas públicas relacionadas ao meio ambiente, e em especial à desertificação, durante mesas-redondas que fazem parte da programação permanente do evento.
Inácio Arruda também é o autor do projeto que estabelece a Política Nacional de Prevenção e Combate à desertificação, que se encontra pronto para discussão na pauta da CMA. “O objetivo é estimular o uso sustentável dos recursos naturais e incentivar práticas agrícolas que conservem o meio ambiente, além de mobilizar a sociedade e coordenar os esforços de todos os governos contra o fenômeno”, explica o senador cearense.
A desertificação é a degradação do solo causada pelas variações do clima e pelo uso inadequado do solo, como o desmatamento para fins de agricultura, pecuária e extração de madeira. Esse fenômeno transforma terras que antes eram boas para o cultivo em verdadeiros desertos.
Os primeiros sinais de alerta vêm da região do semi-árido nordestino. Fotos feitas por satélites mostram que em menos de 50 anos a região pode virar um deserto. Em todo o Brasil, são mais de 1200 municípios que sofrem com os efeitos da desertificação, somando uma área total de 1.130.790,53 km², afetando cerca de 32 milhões de pessoas. A maioria das cidades está localizada no Nordeste, nas regiões climáticas semi-áridas (62,8%) e sub-úmidas secas (37,2%).
Fonte: Assessoria do Senador Inácio Arruda