Partidos querem repertir frente na disputa eleitoral de 2008

Se depender dos dirigentes de partidos que compõem a Frente de Libertação do Maranhão, cada legenda terá candidato próprio no primeiro turno das eleições de São Luís, no ano que vem. Hoje, é visível a inten

 


 


Aparentemente, porém, a divisão na capital caracteriza um racha completo entre os partidos que apóiam e ajudaram a eleger o atual governador, Jackson Lago (PDT). Mas, segundo os dirigentes, não é bem assim.

A estratégia planejada pela Frente será semelhante à praticada nas eleições estaduais de 2006. Na época, foram lançados três candidatos: Aderson Lago (PSDB), Edson Vidigal (PSB) e Jackson Lago. Dois deles ajudaram a tirar votos da então concorrente, a senadora Roseana Sarney (PMDB), o que levou a disputa para o segundo turno. No novo pleito, o atual governador venceu em decisão apertada.


Em São Luís, em 2008, não será diferente. Quanto mais concorrentes na primeira etapa, melhor. Isso, acreditam, reduziria bastante as chances de vitória do nome apresentado pela oposição. No segundo turno, então, a Frente renasceria com a união de todos os partidos para sacramentar as eleições. “O quadro atual é que todos vão lançar candidatos. É até bom. Assim sufocaremos quem sair apoiado pela família Sarney”, defende o deputado federal e presidente regional do PT, Domingos Dutra.


Seu partido ainda não decidiu se terá candidato próprio na disputa pela prefeitura de São Luís. Baterá o martelo só após o 3º Congresso Nacional, marcado para o dia 31 deste mês. Por isso, Dutra analisa o cenário político à distância, sem fazer planos. Já disse que não entrará na disputa. Prefere continuar exercendo o mandato, sobretudo agora que é relator da CPI do Sistema Carcerário. Mas comemora a exagerada quantidade de nomes disponíveis para encabeçar a Frente de Libertação. Nossa roça está farta. Agora é só aguar, brinca.

VÁRIOS NOMES
A água que regará a possível vitória do candidato do governador, portanto, vai depender de todos que se dispuserem a entrar na briga. Já avisaram que pretendem lançar representantes o PSDB, o PRB, o PCdoB e o PDT. Nomes não faltam. Eis alguns: Pinto da Itamaraty e João Castelo, do PSDB, Flávio Dino (PCdoB), Francisco Canindé (PDT) e, caso o PT queira apresentar um concorrente, tem à disposição Birá do Pindaré.


 


Mais ao centro está o PTB, que não abre mão de candidatura própria e deve sair para o embate com o deputado federal Pedro Fernandes. Na oposição, quem também avisou que vai ter representante na capital e nas principais cidades do Maranhão é o PP, do também deputado federal Waldir Maranhão.


As conversações sobre a futura disputa pela prefeitura não descartam dois fortes nomes do PSB: o do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Edson Vidigal e o ex-governador José Reinaldo Tavares. O primeiro concorreu ao Palácio dos Leões no ano passado e teve 14,26% das intenções de voto. Já o segundo foi o responsável por articular e manter unidas as legendas que levaram Jackson Lago ao topo. Alguns dirigentes da Frente de Libertação consideram os dois peças acima do xadrez político. Caso queiram concorrer, terão apoio incondicional dos partidos. Mas, até agora, nenhum deles deu sinais de que quer a vaga de candidato.

PROVÁVEIS CANDIDATOS
José Reinaldo ou Edson Vidigal    (PSB)
Pinto da Itamaraty ou João Castelo    (PSDB)
Flávio Dino    (PCdoB)
Pedro Fernandes    (PTB)
Francisco Canindé    (PDT)
Bira do Pindaré    (PT)

Partidos querem sair fortalecidos
O motivo maior da divisão dos partidos é a necessidade de fortalecer as bancadas elegendo considerável número de vereadores. Muito comandos regionais foram renovados no Maranhão. Os dirigentes querem tirar as legendas da posição de apoiadores e as colocar como protagonistas do processo eleitoral. Isso, analisam, só poderá ser feito com um projeto de poder. Não vejo como o partido criar musculatura sem que se permita uma avaliação. E essa avaliação são as urnas, explica o presidente do PP, Waldir Maranhão, que assumiu o diretório regional neste mês.


O mesmo pensa o PRB, do federal Cléber Verde, que assumiu o diretório regional em julho. Segundo ele, é fundamental o diálogo com outras legendas da Frente, mas cada uma precisa se firmar como alternativa para o eleitor num cenário local. Precisamos ter palanques, diz. Verde anunciar ser provável a sigla lançar concorrente em São Luís, seguindo uma orientação da Executiva Nacional. Nossa política nacional prega que temos de ter nomes em todas as capitais, confirma.


O presidente do PDT no Maranhão, Julião Amim, prefere insistir na tese da união. Ele quer ver a frente unida em todo estado. Defendo um grande entendimento da Frente, que cada um coloque suas idéias. Temos que disputar eleições em todos os municípios, sugere.