Professores da UFC podem entrar em greve

A categoria reivindica um reajuste emergencial de 7,5%, que – segundo os cálculos do DIEESE – repõe a inflação acumulada dos anos de 2005 e 2006.

Das 62 associações de docentes espalhadas pelo país, 15 já aprovaram um indicativo de greve para a última semana de setembro e oito rejeitaram. Mas 13 já estão com assembléias marcadas para deliberar sobre o assunto, ainda este mês. Outra bandeira dos docentes brasileiros é com relação à ausência de uma política de recuperação salarial de longo prazo, a exemplo do que o Governo Federal já fez com outras categorias.

Nos últimos anos o Governo Federal adotou políticas de recuperação salarial para várias categorias de servidores. Da mesma forma, aumentou as verbas de custeio e pesquisa das universidades. No entanto, os salários dos professores permaneceram defasados.

O empenho desta Diretoria é pela negociação e pela apresentação urgente de propostas que, mesmo em médio prazo, recuperem os salários dos docentes do ensino superior (aliás, reconhecidos pelo MEC como dos mais baixos da União).

No mês de abril teve início a Campanha Salarial, procurando estabelecer um diálogo com o Governo Federal, mas até o momento não foi aberto um processo de negociação efetiva. Nas duas únicas rodadas o Ministério do Planejamento limitou-se a dizer que não há qualquer possibilidade de reajuste em 2007 e que, brevemente, poderia anunciar o orçamento disponível para 2008.

Diante desse quadro, a ANDES – Sindicato Nacional indicou, para todas as universidades federais brasileiras, “greve nacional dos docentes para a última semana de setembro”. A posição política dos professores da UFC deve ser expressa na assembléia marcada para amanhã. A presença de todos é importante para que a categoria delibere sobre os caminhos do Movimento Docente nesse momento de definições.

Fonte: www.cutceara.org.br