Comissão do Ministério da Justiça vai ao Araguaia ouvir camponeses
Em entrevista à Rádio Vermelho, o militante Micheas Gomes de Almeida, conhecido como Zezinho do Araguaia, comentou a viagem que a Comissão de Anistia, capitaneada pelo Ministério da Justiça, fará neste final de semana à região da Guerrilh
Publicado 19/09/2007 19:57
A visita tem grande importância. Não só para se reconstituir a história de um dos periíodos mais sombrios que o Brasil enfrentou, a ditadura militar, que se estendeu de 1964 a 1985 e que, além de cercear direitos civis, tirou a vida, prendeu e torturou aqueles que se opuseram ao regime.
Para os comunistas, as investigações são também essenciais para se assegurar os direitos dos familiares dos mortos da Guerrilha do Araguaia – que aconteceu no sul do Pará e adjacências, entre 1972 a 1974 – e para que se descubra o local onde estão os restos mortais dos guerrilheiros. Até hoje, apenas a ossada de Maria Lúcia Petit foi achada, em 1996. ''Pela primeira vez, o Ministério da Justiça envia um de seus departamentos ao encontro com os camponeses que, até então, eram excluídos da lei 10.559, a Lei da Anistia'', disse Zezinho.
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