MP aceita denúncia contra ex-secretário de Alckmin
O Ministério Público aceitou, nesta quarta-feira (19), denúncia oferecida por 24 deputados estaduais de São Paulo e acatada pelo procurador-geral de Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho, contra o ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo d
Publicado 19/09/2007 20:23
Saulo era um dos “homens fortes” do tucanato paulista e manteve-se como secretário de segurança do governo Alckmin (PSDB) mesmo após a crise na segurança pública ocorrida no estado com os atentados promovidos pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a denúncia, o secretário desrespeitou “tanto o parlamento estadual como um todo e, em particular, a honra subjetiva dos deputados estaduais”. A decisão foi tomada pelo Órgão Especial do Ministério Público, por 12 votos a seis.
A denúncia se refere a ato ocorrido em 6 de junho de 2006, na Assembléia Legislativa, quando Saulo Castro foi convocado pela Comissão de Segurança Pública da casa para falar sobre a crise na segurança pública. Se condenado, Saulo poderá pegar pena de detenção de até três anos e meio.
No despacho, o procurador alega que Saulo “ultrapassou as fronteiras da veemência e da ironia toleráveis, ensaiou passos de danças e batucou na mesa enquanto era ouvido, desviou propositadamente, em algumas oportunidades, o olhar de seu interlocutor, chegou a erguer acintosamente o dedo médio”.
A decisão foi tomada pelos procuradores mais antigos do Órgão Especial do Ministério Público, porque além de ter foro especial por causa do cargo que exercia na época do episódio, Saulo é promotor de Justiça licenciado.
Fonte: Agência Estado