*
Publicado 19/09/2007 21:10 | Editado 13/12/2019 03:30
Um ramo de hortelã
Num prato vazio
No qual havia quibe cru.
O alvoroço da festa
E o incenso
Murchando no fundo da travessa.
Recolho o que sobrou da gula,
E purifico-me sorvendo essa hóstia verde
Tão macia quanto a lã.
E como se fora uma cortesã,
Beijo a boca do mundo
Com o hálito perfumado e bom.
Adalberto Monteiro
As delícias do amargo & uma homenagem: poemas
Editora Anita Garibaldi – 1ª edição 2006