“Primavera da Saúde” mobiliza classe trabalhadora no Estado

O Movida Santa Catarina (Movimento em Defesa da Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense) promove nesta sexta-feira (28 de setembro), nas principais cidades do Estado, manifestações em defesa da saúde e segurança no trabalho e pela implantação

A data é dedicada à esperança de uma primavera saudável para a classe trabalhadora e as manifestações estão programadas para acontecerem de forma simultânea em frente às fábricas, terminais urbanos, praças e centros das cidades.


 


Caracterizados do personagem de Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”, onde o cineasta denuncia o ritmo intenso e repetitivo das fábricas no modo de produção capitalista e as conseqüências nefastas à vida da classe trabalhadora, o Movida pretende alertar os trabalhadores, trabalhadoras, classe patronal e sociedade em geral de que é preciso preservar o bem maior da humanidade, que é a nossa capacidade de fazer do mundo um bom lugar de se viver. “Para isso, o trabalho deve ser fonte de satisfação e realização, pessoal e coletiva e, em hipótese alguma, deve servir para escravizar, adoecer ou humilhar o ser humano, como vem ocorrendo no interior das fábricas e empresas”, defende o Movida. As manifestações acontecem em Florianópolis, Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma e Jaraguá do Sul.


 


 


Os setores da indústria e comércio lideram ranking dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Trabalhadoras e trabalhadores têxteis e vestuaristas, de alimentação, comerciários, metalúrgicos, pedreiros, eletricitários, de empresas de telefonia, mineiros, químicos estão adoecendo e morrendo nos locais de trabalho, enquanto os patrões continuam enriquecendo. O Brasil gasta R$ 32 bilhões (ou 4% do PIB nacional) por ano com despesas relacionadas a acidentes de trabalho. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que o gasto no mundo corresponde a 4% do Produto Interno Bruto.


 


 


A complexidade dos empregos gerados, o aumento da informalidade, o desrespeito e o descumprimento da legislação trabalhista, o uso de máquinas e equipamentos obsoletos e o desconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho são fatores que afetam a implementação de uma política nacional de saúde e segurança no trabalho. “A sociedade precisa cobrar da classe empresarial a responsabilidade social com a vida, segurança e saúde de seus trabalhadores e trabalhadoras, bem como a grave oneração causada à Previdência Social por parte dessas irresponsabilidades”, enfatiza a coordenação do Movida SC.


 


 


O Movida de Santa Catarina tem sido pioneiro na luta por mudanças que garantam a saúde e qualidade de vida de quem trabalha, ao invés de vitimar um exército de pessoas doentes e mutiladas, como vem ocorrendo. Criado em 2003, já realizou duas audiências públicas e dois atos públicos para marcar a passagem do 28 de abril – Dia Internacional em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho. Em 2004, o tema foi “Relembrar os Mortos e Lutar pela Vida” e, em 2005, “Trabalhar para Viver, não para Morrer”, ambas realizadas na Assembléia Legislativa. Em 2006, com o tema “Humanização do Trabalho Sim! Humilhação e Mutilação Não!”, o Movida foi às ruas de Blumenau realizar um ato público. Neste ano, o ato aconteceu na frente da Federação patronal de SC, a Fiesc, e do INSS, em Florianópolis com o tema: “Enquanto patrões enriquecem, classe trabalhadora adoece”.


 


 


 


Maiores informações:


 Itapema (47) 3268-5600 – FETIESC


Blumenau: 3326-1555 Sintrafite  ou (47)  3322-8445 (APLER)


Jaraguá do Sul: (47)3371-2322 STIV ou (47) 3370-2081 (Sérgio Jornalista)


Chapecó: (49) 9133-8301 – (Neuri)


Brusque: (47) 3351-4329 (Marli)


Florianópolis: (48) 3025-4977 (Marinho ou (48) 3224-0844 (Luis Pequeno)


Criciúma: (48) 3437-4233 (Carlos de Cordes)