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Não Alinhados reafirmam apoio a Palestina

O Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) reiterou nesta quarta-feira (26) seu apoio às lideranças e ao povo palestinos, assim como a promoção de um processo de paz amplo, justo e conclusivo para essa região do Mundo.

Uma declaração do Comitê Ministerial dos Não Alinhados sobre a Palestina, que circula na sede das Nações Unidas, respalda o direito dos palestinos à autodeterminação em seu Estado da Palestina independente e soberano.



O Comitê recordou a Declaração sobre a Palestina adotada em Havana em setembro do ano passado, durante uma reunião do Comitê, entre outros documentos do movimento sobre o tema.



O pronunciamento lamenta que, por 40 anos, os palestinos tenham sofrido brutal ocupação militar de Israel e tenham sido negados a eles seus direitos humanos fundamentais, inclusive os da autodeterminação e o de regresso de refugiados.



Expressa a profunda preocupação dos ministros sobre a séria deterioração da situação política, econômica, social e humanitária nos territórios palestinos ocupados, inclusive Jerusalém Oriental.



Assinala que esse panorama é resultado das atuais políticas e práticas ilegais de Israel contra o povo palestino, inclusive as graves violações dos Direitos Humanos e os crimes de guerra reportados.



O Comitê condena os ocupantes israelenses pelo uso excessivo e indiscriminado da força, as execuções extrajudiciais e a grande destruição de propriedades, infraestrutura e terras agricultáveis.



As detenções arbitrárias de milhares de palestinos, inclusive crianças, mulheres e funcionários da ANP também são tratadas na Declaração, que reclama a libertação imediata dessas pessoas.



Outro aspecto ao qual se refero o documento é a restrição de movimento das pessoas e mercadorias, e a vasta rede de centenas de postos de controle, muitos deles transformados em estruturas similares aos postos fronteiriços permanentes.



O muro que Israel constrói ilegalmente nos Territórios Ocupados Palestinos é também denunciado pelo Comitê, que demonstra como esta barreira causa extrema devastação física, econômica e social.



Por último, expressa alarme, devido ao aprofundamente da crise econômica, social e humanitária que sofre a população civil na Faixa de Gaza e condenam, com termos enérgicos, as agressões militares isralenses contra essas pessoas.



Citam também o crescente desemprego e pobreza que sofrem os palestinos, particularmente na Faixa de Gaza, devido ao boicote político e financeiro internacional imposto sobre a Autoridade Palestina.



A declaração dos Não Alinhados, que na sexta-feira terá uma reunião ministerial da sua Secretaria de Coordenação, circula no segundo dia de sessões do 62.° período da Assembléia Geral da ONU, inaugurado ontem pelo secretário-geral Ban Ki-moon.