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Familiares gratos a Chávez por mediar negociação Farc-Uribe

Os colombianos acompanham com atenção as gestões internacionais, em Caracas e Nova York, por um acordo humanitário que permita o intercâmbio de prisioneiros entre o governo Alvaro Uribe e a guerrilha. Em Caracas, o presidente Hugo Chávez recebeu na terça-

Em Nova York, onde participa da Assembléia Geral da ONU, os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e da França, Nicolas Sarkozy, reuniram-se com o mesmo tema em pauta. A França está interessada no êxito do acordo porque um dos prisioneiros mais destacados pela mídia, a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, tem dupla cidadania, colombiana e francesa.



“Mais de dez anos de sofrimentos”



Em Caracas, a mãe de Ingrid, Yolanda Pulecio, foi uma das participantes da reunião entre Chávez e os familiares de prisioneiros. Ao final, ela disse à imprensa estar confiante de que “este é o momento do acordo humanitário, pois esta deve ser a saída para mais de dez anos de sofrimentos dos familiares”. Declarou ainda que “confiamos que o presidente Alvaro Uribe também tenha a intenção de ajudar nesta oportunidade”.



Uribe concordou que congressistas dos EUA, democratas e republicanos, participem do encontro da negociação, convocado para 8 de outubro em Caracas. O presidente A imprensa colombiana especula que este pode ser um movimento político em que o presidente colombiano tenta evitar que a questão escape de suas mãos.



O encontro de outubro reunirá Chávez, a senadora colombiana Piedad Córdoba e representantes das Farc. A senadora foi quem tomou a iniciativa de solicitar a mediação de Chávez para promover as negociações. Chávez aceitou prontamente e colocou-se em movimento para tentar obter o acordo humanitário e o intercâmbio, pondo fim a um impasse que se prolonga há anos.



Três prisioneiros são americanos



O embaixador dos EUA em Bogotá, William Brownfield, disse que seu país está disposto a ouvir as propostas das Farc visando libertar seus compatriotas capturados. Brownfield também admitiu, sobre a mediação de Hugo Chávez, que é possível inclusive o presidente George W. Bush participar da busca de um acordo humanitário entre a guerrilha e o governo Uribe.



Uribe discursa nesta quarta-feira no plenário da ONU, para expor a posição de seu governo e falar do apoio da comunidade internacional ao acordo humanitário. Mas ele adiantou sua recusa em desmilitarizar algum ponto do território colombiano para facilitar os contatos entre as Farc. A negociação inclui a libertação dos guerrilheiros conhecidos como Sonia e Simón Trinidad, presos nos Estados Unidos.



Os americanos Keith Stansell, Marc Gonsalves e Tom Howes foram capturados pelas Farc em fevereiro de 2003, depois que o pequeno avião em que viajavam caíu na selva colombiana, e as Farc os acusam de trabalhar para a CIA. Entre os familiares que se encontraram com Chávez, estavam uma filha de 15 anos do primeiro, o pai do segundo, a esposa e o filho de dez anos do terceiro.


 


Da redação, com agências