CSC prepara saída da CUT e fundação da Central Classsista
“Rumo Classista – Sindicalismo para um novo tempo” é o tema do 7º Encontro Nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), que acontece de 28 a 30 de setembro, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, em Salvador (BA). Na pauta, o projeto naciona
Publicado 26/09/2007 20:27
Os primeiros debates nacionais sobre a criação da central aconteceram durante o Seminário Nacional da CSC, nos dias 23 e 24 de agosto, em Brasília. No evento, se buscou construir o pensamento político sobre as concepções e posições políticas que a Central Classista irá assumir.
Segundo o coordenador estadual da CSC, Aurino Pedreira, a Central surge autônoma, em relação a governos, plural, no sentido de reunir todas as correntes políticas que trabalham em defesa do trabalhador e democrática acima de tudo. “O objetivo é construir uma unidade entre os trabalhadores. Só unidos teremos forças para vencer a poderio financeiro dos patrões”, declarou.
A iniciativa de criação de uma central classista vem em boa hora. De acordo com Adilson Araújo, dirigente da CSC, o sindicalismo vive um momento de recomposição em todo o mundo e no Brasil não é diferente. “O movimento sindical brasileiro precisa de entidades que respeitem a diversidade de idéias e pensamentos políticos em seus quadros. Assim será a Central Classista,“ ressalta. O objetivo é resgatar a união dos trabalhadores, que passarão a se posicionar diante da sociedade como classe e não como categorias fragmentadas.
Manifesto
A Comissão Organizadora do Movimento Pró-Central Classista elaborou um manifesto defendendo a criação da entidade. Na Bahia, 160 sindicatos urbanos e 273 sindicatos rurais já assinaram o documento. “O povo trabalhador, da cidade e do campo, anseia por mudanças e tem manifestado este desejo nas urnas. É preciso lutar para valorizar o trabalhador brasileiro; reverter o arrocho dos salários; buscar o pleno emprego; combater a precarização; efetivar a reforma agrária e priorizar a agricultura familiar; garantir o acesso de todos aos direitos trabalhistas e previdenciários, bem como à educação de qualidade, saúde e outros serviços públicos. Não podemos aceitar direitos a menos, só direitos a mais”, diz um trecho do manifesto.
Em todo o país, a expectativa é de que mais de mil entidades subscrevam o documento contendo os princípios básicos da nova entidade e os oito desafios principais que a central classista pretende enfrentar.
Entre os principais propostas estão a necessidade de envolver os trabalhadores na luta por mudanças no país; o desenvolvimento de um sindicalismo democrático e classista; a defesa intransigente da unicidade dos sindicatos urbanos e rurais; a defesa da liberdade sindical e a autonomia da central sindical em relação ao capital, aos governos e partidos políticos; a inserção nas bases; a garantia e a ampliação da segurança e saúde no trabalho; a garantia do desenvolvimento do espaço rural, mudando o modelo de produção agrícola e a implementação de um sindicalismo classista forjado na luta contra a exploração do capitalismo e a opressão imperialista.
De Salvador,
Eliane Costa