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CSC abre 'pólo sindical' para federações de trabalhadores

O 7º Encontro Corrente Sindical Classista (CSC), que está ocorrendo em Salvador (BA), é a primeira etapa do processo organizativo de um pólo sindical classista e democrático que provocará alterações significativas no país. Esta é a avaliação de dirigentes

“Essa decisão mexe com a política social porque cria uma nova dinâmica de participação do movimento social na vida do país”, afirma. Para Edson, a CSC chegou a essa conclusão e atingiu um elevado nível de organização porque adota um método correto para encaminhar as coisas. “A coordenação nacional da CSC tratou os encaminhamentos dessa questão de forma exemplar, com democracia, ouvindo opiniões e não fechando portas para diferentes concepções sindicais que viram na nossa iniciativa uma oportunidade de impulsionar o movimento sindical no rumo da luta”, diz ele.


 


“Não podemos esquecer, neste momento, a luta ideológica”, ressalta Edson ao comentar a proximidade do fim das concessões para várias unidades da Rede Globo de Televisão e a necessidade de meios de comunicação democráticos para divulgar as idéias dos trabalhadores.


 


Federação Sindical Mundial


 


Wagner Fajardo, presidente da Federação Nacional dos Metroviários, tem a mesma opinião. “Estamos na verdade criando condições para uma união do movimento sindical em patamares mais elevados”, afirma ele. “Além do avanço organizativo no Brasil, estamos dando passos importantes também para consolidar uma tendência sindical de abrangência internacional”, diz Fajardo, lembrando a ligação da CSC com a Federação Sindical Mundial (FSM).


 


Ele destaca, nesse sentido, a necessidade de priorizar o Fórum Sindical das Américas. “O movimento sindical precisa ser mais incisivo na luta pelas transformações sociais, dando apoio efetivo à heróica luta de Cuba, da Venezuela e da Bolívia por avanços democráticos e socais”, ressalta. “A nossa central terá também essa prática, que não se limitará à América Latina, e enfatizará o fortalecimento da organização por ramos”, finaliza Fajardo.


 


Muita responsabilidade


 


Para o presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, Guiomar Vidor, o histórico de homogeneidade da CSC é um fator importante nessa nova empreitada. “Nossa central será ampla e democrática exatamente porque praticamos um sindicalismo que tem na unidade sua mais importante bandeira”, diz ele. “Existe um espaço que a nossa central se propõe a ocupar e isso demanda muita responsabilidade da nossa parte”, ressalta.


 


“A CSC compreende muito bem esse papel porque pratica um sindicalismo baseado na máxima de ampliar para radicalizar”, destaca Guiomar Vidor. Para ele, essa prática tem ficado bem clara nos encaminhamentos que CSC vem fazendo neste processo de criação da central.


 


Pólo combativo e amplo


 


“No meu estado, por exemplo, formou-se uma tendência, desde os debates a respeito da reforma sindical, que vê na CSC um pólo decisivo para a reorganização do movimento sindical”, diz ele. “Isso dá um frio na barriga, por causa da enorme responsabilidade, mas temos a certeza de que este é um caminho para dar respostas concretas aos problemas novos que enfrentamos particularmente no Brasil e na América Latina”, finaliza.


 


Adilson Araújo, secretário de imprensa do Sindicato dos Bancários da Bahia, diz que a busca por pontos comuns é o caminho para unificar o movimento sindical. “A CSC está diante de um momento histórico e este Encontro expressa isso”, diz.


 


“Nossa concepção está mostrando resultados nesse processo de transição para uma nova etapa do sindicalismo brasileiro”, afirma Adilson. “A CUT expressa uma concepção sindical limitada à colaboração de classes e a nossa central aparece como a oportunidade de criar um pólo combativo e amplo.”


 


De Salvador,
Osvaldo Bertolino