Pedido de extradição de Cacciola será enviado amanhã
O pedido formal de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola será enviado nesta terça-feira (2) para a embaixada de Mônaco, na França, segundo o Ministério da Justiça. A previsão inicial era mandar os documentos só quarta-feira, dia 3. Contudo, com
Publicado 01/10/2007 18:05
Na semana passada, o ministro da Justiça, Tarso Genro, chegou a ir para Mônaco e se reuniu com membros do governo monegasco para tratar da extradição e demonstrar o interesse do governo brasileiro no caso. A documentação – com os roteiros cronológicos do processo que incrimina Cacciola e a sentença de 553 páginas traduzidas para o francês – será levada por mala diplomática pelo Itamaraty.
Com isso, o processo passa para uma nova etapa, que é a decisão judicial da Corte de Apelação, que depois será confirmada, ou não, pelo príncipe Albert. Em Mônaco, a decisão em última instância cabe ao Poder Executivo, e não ao Judiciário. A previsão do Ministério da Justiça é até 30 de outubro o príncipe já tenha a decisão definitiva sobre o assunto. Inicialmente, o ministério havia informado de que a decisão sairia na segunda quinzena de novembro.
''A expectativa do governo é positiva'', afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro. ''Não só porque oferecemos reciprocidade, como também já estamos negociando diretamente com o Executivo de Mônaco um acordo de cooperação em matéria judicial e policial.''
Para o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, o importante não é só a vinda de Cacciola ao Brasil. É preciso bloquear e repatriar os recursos que ele mantém no exterior.
''Já determinei ao Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça que faça gestão junto ao Poder Judiciário, no sentido de verificar precisamente onde possam estar esses recursos'', informou. Segundo ele, ainda está sendo feito um levantamento sobre o total evadido por Cacciola.
O ex-banqueiro é acusado no Brasil por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta e chegou a ser condenado a 13 anos de prisão em primeira instância.
Fonte: Terra