Produção de sementes de juta e malva vai começar em novembro

Duas comunidades da zona rural de Manacapuru já manifestaram interesse em trabalhar com o programa de Produção de Sementes de Juta e Malva da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).

Segundo o gerente do escritório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) de Manacapuru, Plácido Ramos, representantes e líderes das comunidades Ena e Rosarinha, ambas localizadas na zona do Rio Manacapuru, procuraram o órgão interessadas em discutir a iniciativa.
 
Na próxima sexta-feira, 5, a equipe do Idam tem reunião agendada com a comunidade Rosarinha para debater o programa e fazer o cadastramento dos produtores interessados. No dia 19 de outubro, será a vez dos produtores da comunidade Ena receberem a visita da equipe do Idam. Segundo estimativas do órgão, aproximadamente 200 produtores seriam cadastrados a partir destas reuniões e estariam aptos a participar do programa. A meta da Sepror é começar a plantar já em novembro para que, a partir de maio de 2008, haja semente suficiente para a nova safra.
 
Na última terça-feira, o titular da Sepror, deputado Eron Bezerra, esteve no município para definir os detalhes do programa. Bezerra quer tornar o Brasil auto-suficiente na produção das fibras, a partir de Manacapuru.


 


Anualmente, o Brasil consome 20 mil toneladas de juta e malva. Mais de 12 mil são produzidas em Manacapuru. O restante – 8 mil toneladas – é do Pará (1 mil ton) e de Bangladesh. ''O problema é que temos a maior produção do país mas não produzimos sementes. Vamos resolver isso e acabar com essa dependência'', afirma o secretário, que promete comprar toda a semente produzida no Estado.
 
Um dos produtores que buscou o Idam para se cadastrar foi o senhor Raimundo Medeiros da Cruz, 62. Ele trabalha com o cultivo de juta e malva há mais de 50 anos e está entusiasmado com o programa. ''Acredito que, assim, vai dar pra ganhar mais dinheiro. Nossa produção vai melhorar. Às vezes, queremos trabalhar mais, mas sempre falta semente'', conta ele, que tem sete hectares de área. Seu Raimundo produz, em média 14 toneladas por safra.
 
Outro que ficou interessado no programa foi o produtor Antônio Pinheiro de Assis, 58. Embora seu terreno fique localizado na área de várzea – o que impossibilita que ele produza semente -, Antônio se animou pelo fato de ter mais insumos na hora de plantar. ''Acho que vai melhorar. A gente vai ter mais semente agora'', diz.
 
Ajuda


 


Interessada em ajudar os produtores que não têm área em terra firme, a Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem) vai ceder uma área de 50 hectares para seus associados. ''Vamos distribuir para os que querem produzir semente'', afirma.


 


Assessoria de Comunicação
Sistema Sepror