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Campanha eleitoral argentina entra na fase decisiva

A campanha eleitoral argentina entra nesta segunda-feira (22) em sua reta final com os últimos atos do candidatos presidenciais das diferentes forças políticas do país, a somente seis dias do pleito de 28 de outubro. A proximidade da eleição incrementou o

Segundo dados do Ministério do Interior, um total de 27.090.192 pessoas estão aptas a exercer seu direito de voto no próximo domingo. Os argentinos devem eleger o presidente e seu vice por um período de quatro anos, além de 24 senadores nacionais (de um total de 74 que formam o Congresso) e 130 deputados nacionais (de um total de 257).



Da mesma forma, serão escolhidos também um total de 664 deputados e 107 senadores de províncias, centenas de prefeitos e oito governadores.



Pesquisas



Dez levantamentos divulgados pelos principais jornais argentinos neste domingo (21) mostram a primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner numa folgada liderança. Ela tem entre 45% (na pesquisa do Opinión Autenticada) e 54% dos votos válidos (segundo o levantamento do consultor Hugo Haime). Na Argentina, um candidato é eleito no primeiro turno se supera 45% ou então se obtém mais de 40% e está mais de dez pontos à frente do segundo colocado.



As pesquisas apontam que a segunda colocada, e eventual rival da primeira-dama em um improvável segundo turno, será a ex-deputada Elisa Carrió. Ela aparece nessa posição em todos os levantamentos, oscilando entre 18% e 22% dos votos válidos. É seguida pelo ex-ministro da Economia Roberto Lavagna (12% a 19%) e pelo governador de San Luís, Alberto Rodríguez Saá (6% a 11%).



Todas as pesquisas foram realizadas antes do assassinato, na sexta-feira, de três policiais na província de Buenos Aires. O próprio Kirchner trouxe o tema para a campanha ao dizer que “não era coincidência” que as mortes ocorressem a poucos dias das eleições e que elas poderiam ser uma represália à política de direitos humanos do seu governo, que impulsiona julgamentos contra repressores da última ditadura militar.



Depois da reação inicial, porém, o governo mudou sua estratégia. O chefe-de-gabinete de Kirchner, Alberto Fernández, espécie de porta-voz não-oficial do presidente, afirmou que não se deve transformar “um ato criminoso em um fato de campanha”.



Em sua estratégia final, a oposição deve fazer justamente o contrário: insistir no tema, já que o instituto Poliarquia aponta que a insegurança é a principal preocupação de 39% dos argentinos – mesmo antes da morte dos policiais.



Outro foco de atuação da oposição deve ser atrair os indecisos: as pesquisas indicam que, a uma semana da eleição, eles ainda são pelo menos 8% dos eleitores. Os atos dos últimos dias de campanha devem se concentrar na Província de Buenos Aires, maior distrito eleitoral do país.



Da redação, com agências