Governo português se propõe a guardar acervo de Jorge Amado
O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, afirmou nesta segunda-feira (22) estar interessado em buscar uma solução junto a autoridades e universidades portuguesas para preservar o acervo do escritor brasileiro Jorge Amado em Portugal.
Publicado 23/10/2007 13:57
“Se a família de Jorge Amado está mesmo disposta a doar este espólio por falta de recursos para o conservar, teremos entidades em Portugal para receber e tratar o patrimônio do escritor, que tem uma relação forte e presença significativa na cultura portuguesa”, assinalou o diplomata.
No final de semana, o neto do escritor baiano, João Amado, admitiu em um canal de TV a possibilidade de doar a uma universidade dos Estados Unidos as 250 mil peças de valor histórico e literário do acervo do avô.
Entre as peças há manuscritos, cartas, edições dos primeiros livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado, fotografias com personalidades e medalhas, que correm o risco de deterioração.
Desde março, o governo da Bahia suspendeu o financiamento de R$ 68 mil que mensalmente entregava à fundação que cuida do arquivo do romancista.
Alternativas
Com a crise financeira, a Fundação Casa de Jorge Amado, que abriga o acervo do escritor, falecido há seis anos, chegou a cortar o funcionamento do ar condicionado e despediu vários funcionários.
Contatado pela Lusa, o Ministério da Cultura informou que a família de Jorge Amado nada comunicou sobre a intenção de doar o acervo do escritor a um país estrangeiro.
A assessoria de comunicação disse, entretanto, que o Ministério está disposto a discutir formas de proteger este acervo para que não saia do Brasil.
Fonte: Agência Lusa