Erramos: Senado reverencia Che Guevara
Diferente do que publicamos, o discurso da deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), nesta terça-feira (23), no Senado, foi outro. A deputada usou a tribuna da Casa na sessão especial que homenageou o líder revolucionário Ernesto Che Guevara.
Publicado 23/10/2007 20:44
Durante seu pronunciamento, a parlamentar falou que lembrar a história de Che é refletir sobre o mundo e condições em que vivemos, e sobre “as mudanças que queremos construir e nossa capacidade de construí-las. Homenagear Guevara e olhar a sua contribuição para o povo de Cuba e sua de luta em toda a América Latina é ter a convicção de que sonhos valem a pena. E mais: sonhos são realizáveis”.
A comunista chamou atenção dos presentes para a tentativa de alguns setores da mídia conservadora, “maquiavelicamente”, que tenta “esvaziar a referência de Che Guevara em textos historicamente deturpados, como vimos recentemente nas páginas de uma revista semanal brasileira”.
A congressista explica que, “ao contrário do que esse setor propaga, Che Guevara não é um ícone esvaziado de conteúdo para os milhares de jovens de nosso continente e do mundo que vestem camisetas com sua imagem. Nossa juventude reconhece em Guevara a rebeldia transformadora, a rebeldia com causa, a perspectiva revolucionária”.
Manuela diz que “40 anos depois do assassinato de Che, nosso continente respira ares de liberdade e de reais perspectivas de avanço. Governos progressistas, com participação de setores expressivos das camadas populares, dos partidos avançados constituem uma nova cara para a América Latina. Certamente, a enorme referência de Che para a juventude assusta aqueles que sempre defenderam um continente submisso aos interesses norte-americanos. Referenciar-se em Che é lutar pela liberdade e nossos povos hoje avançam rumo à liberdade”.
De Brasília
Alberto Marques