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Única central elétrica de Gaza pára por falta de combustível

A única central elétrica da Faixa de Gaza, que fornece 30% do consumo no território palestino, interrompeu suas atividades neste domingo por falta de combustível, provocada pelo bloqueio imposto por Israel, o que agrava ainda mais a situação de caos na

 


“Tivemos que parar a central por falta de combustível”, afirmou à imprensa o diretor da mesma, Rafik Mliha.



A Faixa de Gaza, que tem 1,5 milhão de habitantes, controlada pelos radicais do Hamas desde meados de junho do ano passado, está submetida a um bloqueio total por parte de Israel desde quinta-feira, em represália pelos disparos de foguetes contra seu território.



Neste domingo, os moradores já haviam começado a sofrer cortes de energia elétrica por causa do bloqueio.



“Este fechamento terá graves conseqüências para os habitantes, mas também para o funcionamento dos hospitais e estações de bombeamento de água”, criticou Mliha.



Apesar dos pedidos da comunidade internacional, o governo israelense decidiu manter o bloqueio total decretado na quinta-feira.



Desde então, Israel não fornece combustível, alimentos e outros produtos de primeira necessidade a este território, onde os 1,5 milhão de habitantes dependem por completo da ajuda exterior.



O presidente palestino Mahmud Abbas, que perdeu a autoridade sobre Gaza em junho, quando os radicais do Hamas assumiram o controle do território, exigiu a suspensão imediata do bloqueio e ameaçou recorrer ao Conselho de Segurança da ONU, segundo seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina.



Desde a manhã de domingo a maior parte dos bairros da cidade de Gaza (onde vivem 400.000 pessoas) sofriam com a falta de luz e o fim das reservas de gás doméstico e combustível, necessários para o funcionamiento dos geradores.



“A eletricidade é tão necessária que a falta dela poderia ter efeitos devastadores para a vida das mulheres, crianças, e dos civis em geral em Gaza”, afirmou à AFP Christopher Gunness, porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur).



“Privar as pessoas de coisas tão fundamentais como a água é privá-los da dignidade humana. É difícil compreender a lógica que consiste em fazer milhares de pessoas sofrerem para nada”, lamentou o porta-voz.


 


Fonte: AFP