Sem categoria

Para Amorim, crise e eleições nos EUA podem acelerar Doha

A crise financeira mundial – que muitos temem que acentue o protecionismo – e as eleições nos Estados Unidos poderiam acelerar a conclusão da Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, disse nesta sexta-feira (25) o chanceler brasileiro, Celso Amor

“Quando você está com febre, às vezes é mais difícil tomar um medicamento, mas é necessário”, disse Amorim em Davos (Suíça), onde ocorre o Fórum Econômico Mundial, em referência à crise causada pela desaceleração econômica nos EUA. “As eleições nos Estados Unidos podem ser também um fator de aceleração.”



O chanceler brasileiro – um dos quatro protagonistas das negociações da Rodada Doha junto aos seus colegas da União Européia, Índia e Estados Unidos – advertiu que uma nova onda protecionista poderia culminar em uma crise mundial como a de 1929.



“A crise financeira pode trazer uma tentação protecionista, mas pela história sabemos que isso resulta em crises piores. É o que aconteceu em 1929”, disse.



Entre hoje e sábado, Amorim se reunirá em separado com vários atores da Rodada Doha, como Peter Mandelson, comissário europeu de Comércio; Susan Schwab, representante de Comércio americana; Kamal Nath, ministro indiano de Comércio; e o secretário-geral da OMC, Pascal Lamy.



Sobre essas reuniões, Amorim disse que nada será negociado e nem será fechado um acordo, mas que podem ser definidas linhas políticas para isso.



Fonte: UOL