Homens invadem sindicato e queimam urnas de votação

Por enquanto, Polícia trata caso como roubo seguido de incêndio. Urnas com votos da eleição do Sindicato dos Vigilantes são queimadas por homens encapuzados. Por enquanto, Polícia trata caso como roubo seguido de incêndio. Mas dirigentes da categoria afir

Três homens encapuzados invadiram na noite da última sexta-feira o Sindicato dos Vigilantes do Estado do Ceará, no Centro, e atearam fogo em várias urnas da eleição que apontará os dirigentes que irão conduzir a categoria no período 2008/2011. Apesar dos homens terem levado o aparelho celular e documentos do único vigilante que guardava o prédio, dirigentes que disputam a votação em chapa única não acreditam em assalto.


 


 


“É claro que tentaram simular um assalto, mas o objetivo eram as urnas. Foi um ato planejado por pessoas que estão insatisfeitas com a diretoria e se manifestaram da pior maneira possível. Essas pessoas poderiam ter colocado uma chapa para concorrer conosco, para que a categoria decidisse o que é melhor para os vigilantes do Ceará”, comentou um dos diretores do sindicato, Soares de Oliveira.


 


 


Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil estiveram na manhã deste sábado no prédio do sindicato e colheram material para exame. O laudo deverá ser divulgado em até duas semanas. A Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) tratou o caso como assalto, incêndio e lesão corporal. É que o fogo atingiu as pernas do vigilante que foi trancado em uma sala com as urnas. Ele foi conduzido ao Centro de Queimados do Instituto Doutor José Frota (IJF) e seu estado de saúde é satisfatório. Na segunda-feira, ele deverá prestar depoimento do 34º Distrito, que ficará com o inquérito.


 


 


De acordo com o diretor Soares de Oliveira, a queima das urnas não deverá impedir a reeleição da atual diretoria. Os votos da sexta-feira foram perdidos, mas a votação deste sábado deverá legitimar a eleição. “Foi o que conversamos com os advogados do sindicato. Se a intenção era anular a eleição, não deu certo”, ressaltou o dirigente. Segundo dados do sindicato, há cerca de 10 mil vigilantes em todo o Estado, mas somente pouco mais da metade seria sindicalizada.


 


 


Conforme dirigentes da entidade de classe, atualmente o maior problema enfrentado pela categoria são as empresas de vigilância que surgem do dia para a noite e se dispõem a realizar segurança de ruas da cidade. “A Polícia Federal tem que olhar para isso”, cobrou um dirigente, que não quis ser identificado por segurança.


 


 


Fonte: O Povo