Fiscais da Receita decidem entrar em greve
Mesmo depois da reunião com representantes do Governo, realizada nesta quarta-feira (12), os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil decidiram manter o estado de greve decidido pela categoria. A paralização está programada para começar na próxima t
Publicado 14/03/2008 16:52
Em votação na assembléia nacional da categoria na última terça-feira (11), 97,79% dos cerca de 3.500 participantes optaram pela suspensão do trabalho, sendo que o voto de 82,94% foi favorável à greve por tempo indeterminado.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), Gelson Myskovsky, o principal reflexo será sentido nos portos e aeroportos, onde só serão liberadas as cargas perecíveis, explosivas e inflamáveis, além de medicamentos.
Proposta
Segundo Myskovsky, o Governo recuou da proposta que tinha apresentado anteriormente, que previa um alinhamento das carreiras típicas de Estado, como Polícia Federal, Receita Federal, Auditoria da Receita, Advocacia da União e Procuradoria da Fazenda Nacional.
“Além de reduzir a proposta apresentada pelo próprio governo, o Ministério do Planejamento desalinhou novamente essas carreiras”, explica. Segundo ele, a nova proposta do governo é de reajuste de 17%, enquanto a proposta anterior previa aumento de 42% nos salários. Mas o ministério não se manifesta alegando que as negociações continuam em andamento
Myskovsky diz que uma nova rodada de negociações está prevista para está sexta-feira (14), mas que ele não acredita em um acordo: “Estamos pouco esperançosos, porque o governo não vem cumprindo aquilo que é colocado na mesa de negociação”.
O vice-presidente da Unafisco garante que a população não enfrentará problemas com a entrega da declaração do Imposto de Renda. Ele argumenta que a maioria das declarações é feita por meio eletrônico e que a categoria promete manter pelo menos 30% dos funcionários trabalhando em cada unidade da Receita Federal do Brasil, para quem precisar de atendimento.