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Banco Central norte-americano reduz taxa de juro em 0,75%

O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) baixou em 0,75 ponto percentual sua taxa básica de juros nesta terça-feira (18), passando de 3% ao ano para 2,25%. Desde janeiro, quando a taxa estava em 4,25% ao ano, a instituição já cortou 2 pontos p

O comitê votou por 8 a 2 pela redução da taxa dos Fed Funds (fundos lastreados em títulos federais), pela qual os bancos emprestam uns aos outros, de 3% para 2,25% ao ano, menor taxa desde dezembro de 2004. O Fed também reduziu em 0,75 ponto a taxa de redesconto, que cobra em seus empréstimos diretos aos bancos e corretoras, para 2,5% ao ano.



Os presidentes do Fed de Filadélfia, Charles Plosser, e de Dallas, Richard Fisher, foram os votos discordantes, preferindo uma “ação menos agressiva”.



O banco central norte-americano já tomou uma série de medidas radicais para tentar estabilizar o sistema financeiro. Desde dezembro, por meio de diversos mecanismos, o Fed injetou mais de US$ 400 bilhões no sistema financeiro.



Inflação



O mais novo corte na taxa de juros nos EUA vem acompanhado de indícios de alta da inflação neste início de ano. Os preços no atacado no país subiram 0,3% em fevereiro, segundo informações do Departamento de Trabalho divulgadas nesta terça-feira. O núcleo dos preços ao produtor, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos, avançou 0,5%, contra previsão de alta de 0,2% e após avançar 0,4% em janeiro.



Segundo o Departamento de Trabalho, a alta dos preços de carros, caminhões leves, produtos farmacêuticos e álcool ajudou a puxar o núcleo, que teve a maior alta desde novembro de 2006, quando subiu 0,9%.



Na comparação com o ano anterior, os preços ao produtor tiveram alta de 6,4%, enquanto o núcleo subiu 2,4% – maior alta desde outubro de 2007.



O governo dos EUA divulgou também pesquisa sobre o mercado imobiliário. O número de permissões para construção de edifícios em fevereiro, na taxa anualizada, foi de 978 mil, abaixo do 1,02 milhão estimado por economistas.



Efeitos no mundo



A Bolsa de Valores de São Paulo retomou a tendência de subida exibida durante a manhã e fechou com alta de 2,99%, aos 61.805 pontos, no rastro das bolsas de Wall Street. O giro financeiro somou 4,6 bilhões de reais.



As principais Bolsas da Europa fecharam em alta expressiva, superior a 3%. Os mercados asiáticos recuperaram-se de parte das perdas dos últimos pregões e também encerraram no nível positivo. A exceção foi a Bolsa de Xangai, que caiu 3,9%.



Da redação, com agências