Sem categoria

Departamento de Estado admite espionagem de candidatos

Os três principais candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, Hillary Clinton (democratas) e John McCain (republicano) tiveram seus passaportes espionados por funcionários do Departamento de Estado. As violações de privacidade aconteceram

Os episódios ficaram confinados na burocracia do Departamento de Estado. Só se tornaram conhecidos depois que um repórter que contou o caso, em um e-mail datado da quinta-feira, ao porta-voz do departamento de Estado, Sean McCormack.



“Eu disse a ele [Obama] que sinto muito e que eu mesma me sentiria muito perturbada se eu descobrisse que alguém olhou meus registros de passaporte”, disse Condoleezza a jornalistas no início de uma reunião com o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim.  Ela disse que “expressou o mesmo sentimento” a Hillary e que ainda vai falar com McCain.



A versão apresentada pelo departamento é que três funcionários terceirizados abriram indevidamente os registros dos passaportes. Dois deles foram demitidos. Os investigadores do episódio dizem que os três parecem ter agido de maneira independente e sem motivações políticas. O departamento de Justiça pediu informações sobre o inquérito como precaução em caso de alguma lei ter sido violada.


 


O episódio mostra até que ponto as medidas de segurança e controle policial degradaram o respeito às liberdades e direitos civis nos EUA, sobretudo depois dos atentados do 11 de Setembro de 2001. Entre os analistas do fenômeno, já se usa expressões como “um novo regime” e até “um regime policial”.



No entanto, não se pode atribuir as violações inteiramente à guerra antiterrorista do presidente George W. Bush. Também em 1992 funcionários do Departamento de Estado pesquisaram registros de passaporte e cidadania do marido de Hillary, Bill Clinton, que na época era o candidato presidencial democrata.



Da redação, com agências