Oposição quer disputa “acesa” com CPI dos cartões no Senado
A semana em Brasília deve ser marcada pela pressão da oposição, no Senado, para que seja instalada a comissão parlamentar de inquérito (CPI) exclusiva para investigar o uso dos cartões corporativos.
Publicado 07/04/2008 15:30
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), está sendo pressionado pela oposição para fazer a leitura do requerimento de instalação da CPI dos Cartões exclusivamente no Senado, nesta terça-feira (8). Ele reluta em instalar a CPI exclusiva no Senado porque acredita que uma nova CPI vai prejudicar a imagem positiva que tenta construir para a Casa.
Na CPI mista dos Cartões, estão marcadas oitivas (depoimentos) de quatro ministros. A base aliada, que conseguiu conter o ímpeto da oposição que queria a qualquer custo trazer para a CPI mista a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, agora quer evitar a morte prematura da CPI mista, para não abrir espaço para a CPI exclusiva no Senado.
Perspectivas
Após a oitiva de ministros do governo Lula e do governo FHC, a presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), avaliará, no final da semana, as perspectivas para o prosseguimento das investigações.
Os aliados destacam que precisam analisar o conteúdo das 102 caixas contendo notas fiscais e demais documentos sobre gastos com os cartões e as contas tipo B, realizados entre 1998 e 2007.
Nesta terça-feira serão ouvidos pela CPMI, o general Jorge Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; e o ministro dos Esportes, Orlando Silva.
Na quarta-feira (9), serão ouvidos o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Paulo Lacerda; e a ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro. E para quinta-feira (10), estão programados os depoimentos do ministro da Pesca, Altermir Gregolin, e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo FHC, general Alberto Mendes Cardoso.
De Brasília
Com agências