Petrobras aposta no Japão para ampliar presença na Ásia

A Petrobras deseja reforçar sua presença no Japão com a recente aquisição de uma refinaria em Okinawa (no sul do país) para depois ampliar suas atividades ao restante da Ásia, disse o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, nesta segunda-feira (7) e

Gabrielli apresentou sua estratégia à imprensa japonesa poucos dias depois do anúncio da compra de 87,5% do capital da Nansei Sekiyu, uma refinaria de petróleo de Okinawa. Essa é a primeira compra da Petrobras no arquipélago.



“Utilizar os recursos naturais do Brasil, levá-los ao Japão, refinar o combustível aqui para satisfazer as necessidades de mercado de Okinawa e do Japão em seu conjunto, essa é nossa estratégia”, disse Gabrielli, antes de destacar que também busca “um fortalecimento da Petrobras no mercado asiático”.



Um dos primeiros objetivos do grupo no Japão é aumentar a produção de sua refinaria de 35 mil a 100 mil barris de petróleo por dia. “A Petrobras está disposta a investir mais de 100 bilhões de ienes (US$ 975 milhões) com essa meta”, falou Gabrielli. “A produção será vendida como gasolina para veículos e como combustível para uso industrial no município de Okinawa”, disse.



Vantagens japonesas



No mercado japonês em geral, Gabrielli quer “encontrar nichos” de mercado e considerou que a Petrobras pode “oferecer novos produtos nas áreas industriais”.



Gabrielli também ressaltou a “boa localização geográfica” do arquipélago de Okinawa, situado no extremo sul do Japão, perto da China e de Taiwan.



“Taiwan, China, Cingapura, Vietnã são mercados importantes que estudamos abastecer a partir do Japão.”
A refinaria Nansei Sekiyu, que possui capacidade de armazenamento de 9,6 milhões de barris, também poderá servir de plataforma logística para as exportações de petróleo e etanol realizadas pela Petrobras a partir do Brasil para o mercado asiático.



Gabrielli lembrou que a estatal já tem dois escritórios comerciais na Ásia – em Cingapura e na China – e que espera abrir uma nova representação na Índia, além de aumentar a presença da Petrobras em toda a Ásia.



Fonte: Folha Online