Sepror busca solução para piscicultores de Rio Preto da Eva
Concorrência desleal do peixe oriundo dos estados de Roraima e Rondônia e os altos custos para compra de ração e construção e manutenção de tanques escavados, para criação dos animais são os principais prob
Publicado 07/04/2008 17:25 | Editado 04/03/2020 16:13
O desabafo foi feito durante reunião entre 20 piscicultores da região, juntamente com representantes da Secretarias de Estado da Produção Rural (Sepror), e de Planejamento (Seplan), na última quinta-feira, dia 3.
Na ocasião, os piscicultores apresentaram ao secretário executivo da Sepror, Ferdinando Barreto e Geraldo Bernardino, titular da Sepa (Secretaria Executiva de Pesca e Aqüicultura), propostas como a concessão de isenção do ICMS na compra do diesel utilizado nos equipamentos necessários à montagem dos tanques de criação, além da construção de uma fábrica de ração.
“A alimentação dos peixes é responsável por 60% de nossas despesas”, afirma o produtor Paulo Lopes, um dos maiores do município de Rio Preto da Eva. “Para cada quilo de tambaqui, temos que acrescentar R$ 2, que são oriundos dessas despesas com ração. Por isso, a população prefere comprar o peixe que vem de estados próximos, que tem menos despesas com licenciamento, ração e construção dos tanques. É uma concorrência desleal. Precisamos criar uma reserva de mercado”, afirma o produtor.
Para o titular da Sepror, deputado Eron Bezerra, o pleito dos piscicultores tem fundamento, no que diz respeito à isenção do ICMS para a compra de diesel. “Temos que determinar um meio de controle do uso dessas máquinas, porque o equipamento que o piscicultor usa para construir um tanque-rede é o mesmo que um empreiteiro usa para abrir uma estrada. Ou seja, temos que garantir que o incentivo será usado para o fim a que se propõe”, afirma o secretário.
“Uma solução é criar um subsídio, baseado nas horas necessárias para a construção de um tanque de criação, que seria pago em dinheiro ao produtor”, explica. “Com relação ao preço da ração, a Sepror já está trabalhando para isso. O milho e a soja são a base da ração. Se aumentarmos a produção desses insumos, automaticamente haverá diminuição do preço”, conclui.
Foram marcadas mais duas reuniões, uma para o dia 7 deste mês, onde serão definidas as propostas para elaboração das políticas públicas para diminuir os custos dos piscicultores do Estado e outra para o dia 24, onde essa proposta será formalmente entregue ao secretário da Sepror, deputado Eron Bezerra.
Assessoria de imprensa Sepror