Funcionários dos Correios decidem continuar a greve

Após audiência de conciliação entre representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), e da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), os trabalhadores decidiram manter a greve.

Após audiência junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) de conciliação entre os representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) e da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), os funcionários decidiram manter a paralisação iniciada no dia 1º de julho.
O ministro do TST, Rider Nogueira de Brito, propôs a suspensão imediata da greve e se dispôs a analisar, junto com as partes, os pontos de conflito, além de mediar duas reuniões semanais até o final de julho. A FENTECT realizou reunião com seu colegiado nesta tarde e decidiu enviar comunicado às assembléias dos sindicatos em todo o País mantendo a paralisação.



Segundo a assessoria de imprensa da FENTECT, nenhuma das reivindicações dos funcionários foram atendidas pela ECT, que não quer negociar. Apenas Mato Grosso e Rondônia não aderiram à paralisação, de acordo com a federação.
Como a greve permanece, no próximo dia 15 acontece nova audiência de conciliação com mediação do ministro Rider Brito, ocasião em que será marcado o julgamento do dissídio e sorteado o relator do processo.
A ECT mantém a determinação de corte de salário dos dias parados dos empregados que participam da greve e confirma que não houve, até o momento, acordo. ''Nenhum dos lados cedeu'', informa assessoria da empresa.


 


Fonte: CUT-DF


 


Decisão de manter efetivo mínimo prevalece



O presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito, determinou na última sexta-feira (4) que a FENTECT mantenha as operações em cada unidade dos Correios com o mínimo de funcionários necessários para manter os “serviços inadiáveis e de interesse público”, o que equivale a 50% do total.
No despacho, o ministro ressaltou o direito assegurado pela Constituição Federal dos funcionários fazerem greve, mas ressaltou que a Lei de Greve (nº 7.783/89) prevê que os serviços inadiáveis à comunidade devem ser mantidos por meio de comum acordo entre empregados e empregadores. “Não chegando as partes ao consenso, cabe ao Poder Público intervir para assegurar a prestação dos serviços”, diz o despacho.


 


A greve



Um dos principais pontos reivindicados pelos funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) é a revisão do adicional de risco. De acordo com a ECT, o adicional é ilegal porque não está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas a empresa disse que já criou outros dois tipos de adicionais com valor fixo de R$ 260. A Fentect quer que o pagamento seja de 30% do salário.
Os trabalhadores que estão parados terão os dias descontados no fim do mês, decidiu a ETC. Segundo a Fentect, há 80% de adesão dos trabalhadores operacionais, como carteiros, atendentes e motoristas, entre outros.
Os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-coleta, que têm hora marcada para entrega, continuam suspensos. Segundo informações da ECT, deixam de ser entregues, em condições normais, cerca de 33 milhões de objetos por dia com a greve.