Petroleiros iniciam greve em plataformas da Petrobras
Segundo Sindipetro, já há 85% de adesão, causando prejuízo de 400 mil barris por dia. Petrobras avisa que só vai se pronunciar em nota oficial.
Publicado 14/07/2008 15:19 | Editado 04/03/2020 16:36
Os petroleiros iniciaram nesta segunda-feira (14) a paralisação das plataformas da Petrobras na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleitos do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Trinta e três das 42 plataformas da companhia na bacia aderiram ao movimento, segundo a FUP, e devem reduzir sua produção gradualmente até que passem somente a produzir a energia que consomem.
De acordo com o Sindipetro, a paralisação deve durar pelo menos 5 dias e já tem 85% de adesão na Bacia de Campos. O sindicato diz ainda que o prejuízo deve chegar a 400 mil barris por dia. A Petrobras, no entanto, informou que só deve comentar o assunto através de nota oficial a ser emitida à 1h.
A Federação afirma que, até a 1h29, 13 plataformas já teriam parado a produção. Contudo, a Fup descarta a possibilidade de escassez de petróleo no país.
A Bacia de Campos responde hoje por 80% de toda a produção nacional, de cerca de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia. Lá, são produzidos cerca de 1,5 milhão de barris/dia de óleo e 22 milhões de metros cúbicos por dia de gás.
Reivindicações
Na semana passada, os funcionários da empresa anunciaram uma greve de cinco dias à partir do dia 14. Segundo a Fup e o Sindicato dos Petroleiros no Norte Fluminense, a paralisação pretende forçar a Petrobras a considerar o dia de saída dos empregados da plataforma como um dia de trabalho.
Na sexta-feira, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou que a estatal está preparada para que uma eventual paralisação não afete o volume produzido. “Vamos montar um plano de contingência e exigir condição mínima para manter a produção”, afirmou.
Fonte: CUT/Ce