Um retrato do momento
Artigo de Milton Alves, Presidente estadual do PCdoB e membro do Comitê Central
Publicado 24/07/2008 21:36 | Editado 04/03/2020 16:54
A pesquisa de opinião sobre os candidatos que disputam a Prefeitura de Curitiba, realizada pelo Datafolha e divulgada hoje pela RPC/Globo, retrata o momento inicial da campanha eleitoral. Como assinalou o candidato do partido Ricardo Gomyde, “a população ainda não despertou para as eleições”. A afirmação do candidato é verdadeira e expressa um estado de ânimo da população, que vai se ligando na disputa quando entra em cena o horário eleitoral gratuito.
O fato do amplo favoritismo do candidato da situação (72% das intenções de voto), que além do peso da máquina logrou reunir um amplo leque de apoios, também é representativo da atual fase da campanha. O candidato do PSDB tem se utilizado de amplo esquema de divulgação e propaganda das ações em curso da administração municipal. Portanto, segue em campanha, alavancado pela “maquinaria” da prefeitura.
A candidata do PT Gleisi Hoffmann obteve na pesquisa um certo crescimento, saltando para 12%. Na pesquisa anterior do Instituto paranaense Paraná Pesquisa ela não chegava aos 5%.
As outras candidaturas continuam praticamente estacionadas considerando a margem de erro de 3% para cima ou para baixo. Fábio Camargo (PTB) 3% e Carlos Moreira empacado em 1%. O candidato Bruno Meirinho(PSOL) aparece com 1%.
Em relação à candidatura do camarada Gomyde ainda estamos iniciando o nosso movimento eleitoral. Ou seja, ainda é cedo para avaliarmos as potencialidades e limites da candidatura. O que temos certeza é que devemos apresentar uma campanha arejada, propositiva, demarcando com o consórcio político que dirige a cidade há mais de vinte anos. Vamos seguir em frente, realizando uma combativa e vibrante campanha, travando um consistente dialógo com amplo setores da sociedade curitibana. Afinal, Curitiba quer e precisa de mais!
A pesquisa do Datafolha ouviu pouco mais de 900 eleitores. Quanto ao foguetório tucano é bom lembrar “que só peru morre de véspera”. Que em política o relógio que marca o tempo tem uma rotação com variáveis de infinitas possibilidades.