Servidores das fundações aumentam mobilizações no RS
Servidores das fundações estaduais irão aumentar as mobilizações nos órgãos públicos. Na assembléia realizada na última quarta-feira (27) em Porto Alegre (RS), os trabalhadores refutaram a nova proposta do governo de reajuste salarial e de melhorias na
Publicado 28/08/2008 14:21 | Editado 04/03/2020 17:11
De acordo com a diretora do sindicato da categoria, o Semapi, Regina Abrahão, a proposta está bem aquém do que os trabalhadores aceitam negociar. A principal discordância é em relação ao aumento salarial: o governo propôs um índice de apenas 4%, enquanto os trabalhadores exigem 16,3%.
“Já que eles reconhecem a nossa perda, nós queremos a fixação de um calendário. Nós aceitamos um parcelamento desse índice. Tudo bem, vai parcelando, 4% em Janeiro e 4% em Março, nós aceitamos esse parcelamento. Mas nós não aceitamos só os 4%”, afirma.
Regina reclama que os servidores das fundações estão há quatro anos sem reajuste salarial real, mal cobrindo as perdas com a inflação. Neste mesmo período, diz a sindicalista, os servidores da administração direta receberam aumento de 21,8%.
Na proposta do governo estadual, também não consta a realização de concurso público e nem melhorias no ambiente de trabalho das fundações, como os servidores reivindicam. “Não é só a questão do índice. Estamos com péssimas condições de trabalho também. A Cientec, por exemplo, trabalha com fomento tecnológico. E não tem como fazer fomento sem material para fazer isso. A mesma situação está na Fepam. Os laboratórios não têm sequer material para fazer as análises de balneabilidade ou de qualidade da água e do ar”, argumenta.
A Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) está paralisando duas horas ao dia. Na Fundação de Atendimento Sócio Educativo (Fase), os trabalhadores estudam a possibilidade de paralisar as visitas.
Mais mobilizações devem ocorrer nos próximos dias, período em que os servidores estão em estado de greve.
Agencia Chasque