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Adalberto Monteiro: Cenas antigas

*

Quantas vezes de mãos dadas,
Ali no túnel do cinema.
Nó na garganta, dorso dos punhos
Camuflando lágrimas.
Saíamos dali anjos ou
Algo mais sagrado: meninos…


 


 


Cena dolorida.
Despertos daquelas fantasias
Pelo rumor de bocas
Devorando pizzas&panquecas.
Melhor quando as saídas dos cinemas
Davam às vielas solitárias.
De mãos dadas,
Tropeçando em sonhos
E pisando no musgo das calçadas.


 


 


As delícias do amargo & uma homenagem: poemas
Adalberto Monteiro
Editora Anita Garibaldi – edição 2005