Dilma ratifica que Crise não prejudica PAC
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao encerrar a apresentação do quinto balanço sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, voltou a afirmar que a crise financeira internacional não atingirá o cronograma das o
Publicado 31/10/2008 10:38 | Editado 04/03/2020 16:35
Segundo relatório divulgado por ela ontem, de janeiro a 23 de outubro deste ano o governo empenhou R$ 10,4 bilhões para as obras do PAC, porcentual 34% maior que no mesmo período de 2007. Neste ano, foi pago um valor total de R$ 8,2 bilhões. Das 2.198 ações monitoradas pela equipe de Dilma, 83% estão em ritmo adequado e receberam o selo verde; 7% estão em situação que requer atenção, e receberam o selo amarelo; e 1% está com o selo vermelho, de preocupante. Os outros 9% se referem a obras concluídas. Entre as obras que estão com situação preocupante estão a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Vitória, a melhoria de pista e pátio do aeroporto de Guarulhos, a construção da usina hidrelétrica de Pedra Branca, entre Pernambuco e Bahia e do terminal de passageiros do aeroporto de Macapá.
Salto
Dilma afirmou que, em novembro, as obras darão ´um salto´. ´Não estamos esperando depressão ou recessão, mas uma desaceleração, e é sempre importante ressaltar que as obras do PAC combinam investimento privado com investimento público´, afirmou. A uma pergunta sobre risco de redução na arrecadação federal de impostos e contribuições, a ministra respondeu que o governo não prevê esse problema para os próximos meses. ´Uma das características desta crise é que o governo brasileiro não quebrou como no passado´, disse.
A ministra ressaltou que o governo aumentou a execução orçamentária em relação às obras do PAC e que redução de investimentos em setores como o de rodovias foram ´pontuais´, por problemas como greves de funcionários públicos e chuvas em algumas áreas. Dilma negou que a crise, surgida no início de setembro, tenha surtido efeito nos canteiros do PAC.
Crescimento
Também presente ao anúncio do balanço do PAC, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 ficará perto de 4%, ante uma estimativa oficial atual de 4,5%. Ele disse que, no final de novembro próximo, o governo examinará o quadro para definir se serão necessárias, ou não, alterações no Orçamento, mas, no momento, não há dados que mostrem a necessidade de mudanças. ´Os números (sobre PIB) são completamente diferentes: tem gente que fala em 2,5%, ou 3,8%. O FMI fala em 3,7%. Eu acho que vamos ficar perto de 4%, talvez um pouco menos, mas isso não é ensejo para fazermos grandes mudanças (no Orçamento)´, disse Bernardo. Ao responder a uma pergunta sobre eventuais mudanças do governo na proposta de Orçamento por causa da crise, o ministro afirmou que não há dados concretos sobre uma queda na arrecadação.