UNE e Ubes criticam o novo cadastro de inadimplentes
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) criticaram ontem o novo cadastro dos estudantes inadimplentes. “Esse ato arbitrário é mais uma demonstração que os proprietários de instituições de Ensino nã
Publicado 31/10/2008 11:06 | Editado 04/03/2020 17:11
Com o objetivo de reduzir a inadimplência nas escolas privadas, passou a funcionar em todo o país um cadastro com os nomes de pais ou responsáveis por alunos com mensalidades em atraso há mais de 90 dias. No Estado, porém, a iniciativa gerou pouco interesse, de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe RS). O presidente da entidade, Osvino Toillier, ressaltou que a proposta não chegou a ser discutida com as escolas.
O presidente disse que não existe uma orientação do comportamento das escolas para combater a inadimplência. “A cultura no Rio Grande do Sul é a de administrar a situação com responsabilidade, de forma a não prejudicar o aluno e entender a situação da família”, ressaltou. Na maioria das vezes, os atrasos ocorrem por dificuldades momentâneas. “Às vezes, são problemas de saúde ou de trabalho que geram o atraso. A base da negociação é uma forma de amenizar os prejuízos”, explicou.
Para Osvino, cada instituição utiliza mecanismos próprios para controlar os devedores. “As escolas monitoram a evolução do quadro financeiro de um responsável. Assim, é uma forma de evitar que o débito se acumule”, apontou. Conforme ele, depois dessa fase, é feita a cobrança pelas vias legais e judiciais. “As escolas têm apoio jurídico e, por isso, houve pouco interesse no cadastro”, citou. Ele avalia que a inadimplência é um problema grave para as escolas porque representa evasão de receitas. “O orçamento é feito com base na necessidade de serviços e na receita obtida para realizá-los. A diferença gera prejuízos”, concluiu.
C Povo Net