Palestinos denunciam ataques de Israel em Gaza e Cisjordânia
Israel manteve fechadas nesta sexta-feira (31) as passagens fronteiriças com a Faixa de Gaza, em represália ao lançamento de um foguete — que não causou vítimas —, enquanto executava incursões e detenções na Cisjordânia, denunciaram fontes palestinas.
Publicado 31/10/2008 17:14
A agência WAFA afirmou que as forças de ocupação israelenses fecharam desde quinta-feira à tarde todas as travessias comerciais do território costeiro, alegando supostas razões de segurança.
A medida viola o acordo de trégua entre Israel e o Movimento da Resistência Islâmica (Hamas), que controla a faixa desde junho de 2007, lembrou um funcionário público.
O pacto de cessar fogo obtido em junho passado, com a mediação de Egito, contempla o levantamento do bloqueio israelense a Gaza e o fim dos ataques armados de ambos os lados, mas Tel Aviv recorre com freqüência ao bloqueio dos acessos para castigar o Hamas.
Ao mesmo tempo, uma fonte do exército israelense disse que dois mísseis anti-tanque foram disparados ao amanhecer desta sexta-feira contra uma posição de soldados próxima da passagem de Kissufim, no sul da faixa, embora não tenha sido relatada nenhuma vítima nem danos materiais.
Segundo a versão israelense, os militares vigiavam movimentos que consideraram suspeitos ao longo do muro que divide Gaza no momento em que foram atacados.
No entanto, fontes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) consideraram que os ocupantes executaram um violento ataque surpresa, semelhante aos realizados na quinta-feira nas cidades de Belém, Jenin, Hebron Salfit e na Cisjordânia.
Durante essas operações, uma unidade especial judia prendeu cinco palestinos em Belém, onde invadiu casas particulares e capturou outros três homens em Jenin, além de atacar um edifício e forçar seus inquilinos a sair à rua amedrontados por cães.
Também lançaram ataques contra o povoado de Hebron, fizeram buscas, ordenaram pesquisar a palestinos supostamente membros da resistência e estragaram numerosas moradias, cinco das quais demoliram na madrugada.
A onda de agressões incluiu na quinta-feira um assalto de 50 soldados judeus com veículos militares e armas pesadas à Universidade Técnica de Hebrón, e a detenção de 10 empregados e estudantes, além da ocupação de suas instalações durante algumas horas.